A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) comunicou que investiga dois casos suspeitos de raiva humana, ambos registrados em adolescentes de uma aldeia indígena localizada em Bertópolis, no Vale do Mucuri.
“Importante esclarecer que ambos os casos se encontram em investigação, ou seja, ainda não estão confirmados por exames laboratoriais. As amostras biológicas dos pacientes foram coletadas e serão encaminhadas para os laboratórios de referência”, informou a SES, por meio de nota.
Segundo o Estado, os casos foram notificados nos dias 4 e 5 deste mês. O primeiro é de um adolescente morreu na UPA de Teófilo Otoni.
A família relatou aos médicos que Zelilton Maxacali, de 12 anos, havia sido mordido por um morcego cerca de 10 dias antes de ser internado.
O segundo caso suspeito é uma adolescente de mesma idade e também moradora da mesma aldeia.
De acordo com a SES, a garota foi transferida nesta quarta-feira (6) para o Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte. O quadro de saúde da paciente é considerado estável.
A SES informou ainda que, após ser notificada do primeiro caso suspeito, foram adotadas as seguintes medidas para controle da doença no município:
- Notificação do caso suspeito ao Ministério da Saúde;
- Orientação quanto a coleta de amostras biológicas;
- Solicitação de envio de relatório de investigação preliminar;
- Investigação na localidade de ocorrência da exposição com busca ativa de pessoas que tiveram contato com o caso suspeito e encaminhamento para atendimento médico profilático;
- Contato com o Instituto Mineiro de Agropecuária para ações cabíveis;
- Vacinação antirrábica de cães e gatos da localidade;
- Bloqueio focal
- Divulgação do caso na região com objetivo de alertar as pessoas sobre as formas de transmissão e prevenção da raiva.
A SES aponta que o último caso de morte por raiva humana em Minas Gerais foi registrado em 2012, no município de Rio Casca.
“A SES-MG destaca a importância de se procurar a Unidade de Saúde mais próxima para avaliação da necessidade de adoção de medidas profiláticas (administração de vacina e soro) em caso de qualquer incidente com mamíferos silvestres, sobretudo morcegos, bem como com cães e gatos”, informou o órgão.
Fonte: G1