O ex-senador Telmário Mota, de 65 anos, foi preso em Nerópolis (GO), na noite de segunda-feira (30). Ele, que é acusado de mandar matar Antônia Araújo de Souza, de 52 anos, mãe de uma de suas filhas, era considerado foragido pela Justiça de Roraima, onde aconteceu o crime. Policiais civis o procuravam desde o início da manhã.

Harrison Nei Correa Mota, sobrinho do ex-senador, é apontado como responsável pelo planejamento e logística do crime. Conhecido em Roraima como Ney Mentira, ele continuava foragido até a manhã desta terça-feira (31). Já Leandro Luz da Conceição, que seria o executor, foi preso na segunda. Ele já era investigado por latrocínio após a morte da empresária Joicilene Camilo dos Reis, de 47 anos. Em dezembro de 2019, ela foi encontrada morta em casa, com as mãos amarradas por um fio elétrico.

Já Antônia de Souza, a mãe de uma das filhas do ex-senador Telmário Mota, foi assassinada em 29 de setembro. Ela foi baleada quando saía de casa para trabalhar, por volta das 6h30, em Boa Vista, capital de Roraima. Um homem perguntou o nome da mulher e, ao ouvir a confirmação, deu um tiro na cabeça dela, que morreu na hora.

Desde o início das investigações, a Polícia Civil aponta Telmário Mota, que foi senador por Roraima de 2015 a 2023 e teve como último partido o Solidariedade, como mandante do crime. A motivação seria a discordância em relação aos valores da pensão alimentícia e uma denúncia de tentativa de abuso sexual do ex-senador contra a própria filha, que tem 17 anos.

Em 2022, a garota acusou o pai de tentativa de abuso sexual e registrou um boletim de ocorrência contra ele. A filha do ex-senador relatou que ele a forçou a entrar em um carro e tocou as partes íntimas dela. Antônia, a mãe, estava com um depoimento no processo criminal que investiga o ex-senador pelo crime de estupro marcado para 2 de outubro. Segundo a Polícia Civil de Roraima, Antônia era uma “testemunha chave neste processo”, sendo que a morte dela “certamente beneficiaria” o ex-senador.

Fonte: O Tempo

 

COMPARTILHAR: