Nos últimos dias, uma imagem circulou nas redes sociais, causando preocupação entre os admiradores da Serra da Canastra e do turismo ecológico.
A foto em questão mostra uma suposta vista da famosa cachoeira Casca D’anta, em São Roque de Minas, completamente seca, sem qualquer sinal de queda d’água. O cenário contrasta com a imagem clássica da cachoeira, uma das mais icônicas do Parque Nacional da Serra da Canastra, que costuma ser retratada com um impressionante volume de água caindo de mais de 180 metros de altura.
A repercussão foi imediata, com internautas e moradores da região expressando temor quanto às possíveis consequências das secas prolongadas e da degradação ambiental no curso dos rios que abastecem a cachoeira. No entanto, a imagem viralizada não é da Casca Danta, mas sim da Cachoeira do Tabuleiro, localizada no Parque Municipal do Tabuleiro, em Conceição do Mato Dentro, também em Minas Gerais.
A confusão entre as cachoeiras Casca D’anta e Tabuleiro pode ter se originado pela semelhança entre as paisagens e a forte presença de ambas nas rotas turísticas do estado. No entanto, a viralização da imagem levanta um alerta sobre o impacto de notícias falsas e informações mal interpretadas, principalmente em tempos de rápida disseminação de conteúdos pelas redes sociais.
Embora a imagem não represente a atual situação da Casca D’anta, o fato de a Cachoeira do Tabuleiro ter apresentado um cenário tão dramático serve como lembrete das crises hídricas que atingem o estado de Minas Gerais e outras regiões do Brasil. A degradação ambiental, desmatamento e falta de conservação dos rios contribuem para a redução dos níveis de água em diversas áreas.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a cachoeira Casca D’anta permanece com o fluxo de água normal para esta época do ano, reforçando que o Parque Nacional da Serra da Canastra segue sendo um destino turístico seguro e preservado.
Fonte: Jornal 104 FM