Redação Portal Últimas Notícias
A mãe do artista de rua Deyvi Johan Lopez Carvajal (27 anos), falecido em Formiga em junho deste ano, viajou até a cidade para visitar o túmulo onde o filho foi sepultado. Deyvi foi encontrado morto na avenida Geraldo Almeida, onde realizava malabares, na manhã do dia 10. Na certidão de óbito, consta como causa indeterminada.
Cláudia Milena Carvajal, mora na cidade Cúcuta (Colômbia) e, segundo ela, há cerca de oito anos o seu filho veio para o Brasil, morando em diferentes cidades.
Questionada sobre a falta de contato com o filho, ela disse que era comum ele ficar algum tempo sem falar com ela, uma vez que em algumas cidades a comunicação era ruim e ele ficava por um longo período sem fazer contato.
“O último contato que tivemos foi em 13 de abril e, em 13 de maio foi aniversário dele. Mandei mensagem e ele não respondeu. Nas mensagens ele sempre dizia para não se preocupar. Ficava tranquila, pois ele sempre dizia que estava bem. Ele falava que a cidade de Formiga era muito especial, de gente boa e hospitaleira, e que fez muitos amigos por aqui”, diz a mãe.
Entenda o caso
O corpo de Deyvi foi removido pela Funerária do Helinho, plantonista do dia da morte do jovem, e foi entregue aos cuidados da Funerária Municipal, que providenciou todo o velório.
Segundo Helinho, o seu filho Jullian Luís Pinto, bastante consternado com o caso, postou uma mensagem em sua rede social relatando o ocorrido, e enviou para grupos na cidade natal da família do falecido, solicitando que se alguém conhecesse os familiares de Deyvi, que entrassem em contato. Após quatro dias, o irmão de Deyvi fez contato com Jullian. Durante as conversas, Cláudia Carvajal disse que assim que pudesse, viria a Formiga para visitar o túmulo do filho.
Nessa quarta-feira (2), ela desembarcou no aeroporto de Confins e Helinho disponibilizou gratuitamente um veículo para buscá-la, bem como levá-la de volta ao aeroporto. Durante sua estadia na cidade, Cláudia ficará hospedada na casa de Helinho.
“Não tenho palavras para agradecer por tudo que Helinho, Jullian e sua família estão fazendo por mim. Foram anjos que os enviaram. Infelizmente, diante de toda a dor que sinto e da impossibilidade de ter meu filho de volta, não posso deixar de agradecer a todos pela hospitalidade e por tudo que fizeram. Agora vou aguardar o período legal de dois anos e volto para cremar os restos mortais do meu filho e levar as cinzas para Cúcuta”, relatou Cláudia.
O Portal Últimas Notícias agradece a Nilza Drulh, boliviana e formiguense de coração, que gentilmente foi nossa intérprete e tornou possível a entrevista com D. Cláudia.

Foto: Glaudson Rodrigues/Últimas Notícias