A Via-crúcis dos residentes na vizinhança do Córrego do Cardoso pode estar chegando ao fim! Isto em virtude da liberação de recursos oriundos da privatização da Eletrobrás e que se destinam à implantação de obras de saneamento básico. A boa nova foi oficialmente divulgada pelo Ministro de Minas e Energia, esta semana.
Assim sendo, Formiga já tem garantido pouco mais de R$ 15 mi de um total de R$ 340 mi que, anualmente, no decorrer de 10 anos, serão destinados a obras de saneamento básico que bancarão projetos de inúmeros municípios localizados na vasta região que circunda as bacias formadas nas proximidades do chamado Mar de Minas. Nelas, dezenas de córregos e outros cursos d`água carreiam suas águas como afluentes de outros maiores que acabam desaguando no lago de Furnas.
Embora os recursos agora liberados para Formiga, se destinem a obras como as elevatórias necessárias para que o esgotamento de alguns córregos seja tratado na ETE, construída na Vargem Grande, é bem provável que o desassoreamento destes pequenos cursos d`água, assim como a limpeza de suas margens e leitos, como exemplo o que ocorre com o Córrego do Cardoso, sejam também custeados através de recursos advindos da mesma origem. Aí sim, o serviço em defesa do meio ambiente, estará concluído, a contento.
Situação atual do Córrego do Cardoso
De uma moradora que há décadas convive com os problemas que o descuido governamental impinge à vizinhança do córrego do Cardoso recebemos um extenso dossiê, onde através de vídeos, fotos e relatos, ela justifica e reafirma a verdadeira Via-crucis a que tem se submetido na tentativa de convencer o poder público municipal a fazer o mínimo na defesa ambiental e na garantia da saúde pública, cumprindo o que é de seu dever.
A omissão do poder público e a falta de cuidado (educação) de parte da população são, sem dúvida, as grandes responsáveis pelo acúmulo de lixo nas margens e no leito do córrego que, por sinal tem grande extensão. Aqui, retrata a moradora apenas o trecho compreendido entre as ruas Elisa Gomes e Exp. Jorge Alvarenga (TG).

Numa foto aérea só se vê a mata formada acima do lixo que assoreia o leito do córrego.

Assoreamento total, mudança no curso original das águas, criadouros de dengue, escorpiões, ratos, baratas, aranhas e outros peçonhentos que invadem as residências próximas.

Escorpião.
Relembrando
Insatisfeita com o não atendimento de suas solicitações por parte da Prefeitura, a moradora em questão, em 15 de maio de 2024, denunciou junto ao SISDEM – Sistema de Denúncias, junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentável (SEMAD), o ocorrido na esperança de que o órgão estadual a atendesse na reivindicação que ela entendia como sendo justa. O procedimento recebeu o número de protocolo, ID-126863.
Só que, para sua surpresa a resposta em oficio que lhe foi enviado, a deixou mais desiludida ainda. Confiram:
Agora, diante da resposta oficial do Estado e “de volta ao nosso aconchego”, a reclamante assim como o grande número de moradores que compõem a vizinhança do córrego, acreditam que a atual administração faça bom uso dos recursos, de grande monta, depositados em um fundo federal posto à disposição dos municípios que, como o nosso, queiram investir em projetos que visem garantir melhorias no saneamento urbano.