A Polícia Civil de São Paulo e peritos do Instituto de Criminalística investigam um grave caso de maus-tratos a um cavalo ocorrido na zona rural de Bananal, no interior do estado. O animal teve as quatro patas decepadas com um facão no último sábado (16), e os investigadores buscam esclarecer se o cavalo ainda estava vivo no momento da mutilação.

O episódio aconteceu na tarde de sábado, quando dois amigos saíram para cavalgar pela zona rural de Bananal. Dalton Oliveira montava um cavalo de pelos escuros, enquanto Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, estava em um cavalo de pelos claros, que montava pela primeira vez. Eles percorreram cerca de 15 quilômetros, em sua maioria em subidas, até chegarem à região conhecida como Serra do Guaraná Quente, por volta das 17h.

Segundo relato de Dalton à polícia, o cavalo de Andrey aparentava cansaço e dificuldades para respirar, até que se deitou. Andrey, que depois declarou à TV Vanguarda estar alcoolizado, acreditou que o animal havia morrido. Em seguida, disse a Dalton: “Se você tem coração, melhor não olhar” e, com um facão, decepou as quatro patas do cavalo. Mesmo após a mutilação, ele continuou a golpear o animal.

Dalton registrou a cena em vídeo, que foi posteriormente publicado nas redes sociais e causou grande repercussão e indignação entre internautas. O caso está sendo investigado, e uma médica veterinária foi enviada ao local na terça-feira (19) para examinar o corpo do cavalo. Contudo, devido à posição em que o animal foi encontrado, não foi possível concluir se ele estava morto ou vivo no momento da agressão, sendo necessária uma nova perícia.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) informou que as diligências continuam para esclarecer os fatos e identificar os responsáveis. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), maltratar animais é crime no Brasil. A pena para mutilação ou maus-tratos varia de três meses a um ano de detenção, além de multa. Caso resulte na morte do animal, como neste caso, a pena pode chegar a um ano e quatro meses.

Com informações Itatiaia

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