Equipes de resgate foram enviadas para as encostas tibetanas do Monte Everest, onde uma forte tempestade de neve deixou centenas de pessoas presas em acampamentos. As condições extremas da região, localizada a mais de 4.900 metros de altitude, exigiram esforços intensos das equipes locais para liberar os bloqueios causados pela neve. Mais de 350 pessoas já foram resgatadas, mas cerca de 200 ainda aguardam ajuda.
As fortes nevascas começaram na noite de sexta-feira (3) e rapidamente se intensificaram nas encostas orientais do Everest, no Tibete, uma região conhecida tanto por sua beleza cênica quanto pela presença de caminhantes e alpinistas. Centenas de moradores locais e equipes de resgate foram mobilizados para remover a neve que impedia o acesso às áreas afetadas, enquanto as autoridades monitoravam a situação com grande preocupação.
De acordo com relatos da agência de notícias Reuters, aproximadamente 350 pessoas já haviam sido resgatadas e levadas para a cidade de Qudang, um local mais seguro. No entanto, cerca de 200 pessoas, que estavam em uma trilha na região, ainda permanecem presas. Essas pessoas estavam em uma rota popular entre caminhantes e alpinistas, e o acesso à área foi temporariamente suspenso pelas autoridades de turismo locais.
O clima extremamente severo pegou de surpresa aqueles que estavam na região. Chen Geshuang, uma caminhante experiente de 29 anos, compartilhou sua experiência ao jornal: ela e seu grupo de mais de 10 pessoas partiram de Qudang em 4 de outubro com a intenção de chegar ao acampamento de Cho Oyu, conhecido por suas vistas do Himalaia. A previsão meteorológica indicava uma melhoria do tempo após o dia 5, mas uma tempestade inesperada se formou durante a noite.
“Quando acordamos, a neve já tinha cerca de um metro de profundidade“, contou Chen. Após horas de caminhada, o grupo de Chen encontrou aldeões tibetanos que estavam subindo a colina carregando suprimentos para as equipes de resgate. Muitos locais se uniram à operação, fornecendo apoio para ajudar a resgatar os visitantes que estavam presos nas montanhas.
Os guias locais e as equipes de resgate alertaram sobre os perigos da tempestade, que provocou o colapso de tendas e deixou muitos caminhantes com hipotermia. A tempestade foi descrita como um evento raro para o mês de outubro, e os guias relataram que nunca haviam presenciado condições tão extremas naquela época do ano.
Enquanto as operações de resgate continuam, o clima permanece instável e a situação continua a ser monitorada de perto pelas autoridades. A área cênica do Monte Everest, um destino turístico popular na China, já enfrentava desafios relacionados à superlotação e questões ambientais. No entanto, este evento serve como um lembrete da imprevisibilidade das condições climáticas nas altitudes extremas da região, bem como dos riscos associados ao turismo em áreas tão remotas e de difícil acesso.
Além das condições adversas no Tibete, o Nepal também enfrenta uma situação crítica devido a fortes chuvas que causaram deslizamentos de terra e inundações, resultando em mortes e destruição na região. A situação no Monte Everest é um reflexo de uma série de crises que afetam o Himalaia, exigindo uma resposta rápida e coordenada para garantir a segurança de todos os envolvidos.
Com informações do G1 Centro-Oeste