O presidente do Equador, Daniel Noboa, saiu ileso após um ataque à sua comitiva nessa terça-feira (7), na província de Cañar, no sul do país. O incidente ocorreu enquanto o chefe de Estado se dirigia a um evento público, em meio a manifestações indígenas que ocorrem desde setembro contra o fim do subsídio ao diesel.

Em comunicado oficial, a Presidência equatoriana afirmou que “os desestabilizadores não conseguiram deter o Governo Nacional”, apesar da investida contra a caravana presidencial. Segundo o texto, os agressores teriam seguido “ordens de radicalização” e tentaram impedir, por meio da força, a entrega de obras públicas voltadas à melhoria da qualidade de vida da população local.

Cinco pessoas foram detidas e, de acordo com o governo, serão processadas por terrorismo e tentativa de assassinato.

Obras e agenda mantida

Noboa viajava para anunciar a construção de uma estação de tratamento de água que deve beneficiar cerca de 26 mil moradores. Também estavam previstas a entrega do sistema de esgoto de Sigsihuayco e a assinatura de um acordo de financiamento para o sistema de esgoto de Quilloac.

Apesar do atentado, o presidente manteve sua agenda e participou de um evento em Cuenca. Em discurso, condenou os atos de violência e reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento do país. “Essas agressões não se aceitam no novo Equador. A lei se aplica para todos. Não vamos permitir que um grupo de vândalos impeça nosso trabalho”, declarou.

Ministra confirma disparos

A ministra do Meio Ambiente e Energia, Inés Manzano, relatou que cerca de 500 pessoas cercaram a comitiva presidencial e lançaram pedras contra os veículos. “Há sinais de bala no carro do presidente”, afirmou. Uma denúncia por tentativa de homicídio foi registrada no Cantão Tambo logo após o ataque.

A Presidência confirmou que o veículo de Noboa sofreu impactos de pedras e possíveis disparos, que estão sendo analisados pela perícia criminal.

Manzano também destacou que o presidente “está bem, segue com seu itinerário e não permitirá que atos de violência freiem seu trabalho pelo país”. Ela ressaltou ainda que “as comunidades ancestrais não estão envolvidas, mas há células criminosas provocando esses atos de terrorismo”, afastando a responsabilidade direta do movimento indígena.

Com informações do Portal IG

 

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