Movimentos sociais e sindicatos realizaram, na manhã desta quarta-feira (5), um protesto em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) contra a proposta de emenda constitucional (PEC) que retira da Constituição Estadual a obrigatoriedade da realização de referendo popular para a privatização da Copasa. O texto deve ser votado em segundo turno ainda hoje pelos deputados estaduais.

Protesto e participação de movimentos sociais

O ato foi organizado pelo Sindágua, sindicato dos servidores da Copasa, e contou com o apoio de representantes de diversos movimentos sociais, entre eles o Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM), que também promove, no mesmo local, uma manifestação em memória aos dez anos da tragédia de Mariana.

Os manifestantes exibiram cartazes com os nomes e rostos dos deputados que votaram favoravelmente ao fim do referendo no primeiro turno da PEC e entoaram palavras de ordem como “Fora Zema”, em referência ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), principal defensor da privatização da companhia de saneamento.

Presença de autoridades e lembrança da tragédia de Mariana

O protesto também contou com a presença dos ministros Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos. A data do ato coincide com o aniversário de dez anos do rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, ocorrido em 5 de novembro de 2015, em Mariana (MG).

Na ocasião, o desastre liberou uma onda de lama de rejeitos de minério de ferro que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, causou a morte de 19 pessoas e atingiu o Rio Doce, provocando um dos maiores desastres ambientais da história do país.

Durante a manifestação, foi montado um painel com fotos dos deputados estaduais que votaram a favor do fim do referendo no primeiro turno da PEC. O espaço foi usado pelos participantes para registrar imagens e reforçar o protesto contra a venda da Copasa.

O protesto em frente à Assembleia Legislativa ocorre em um momento decisivo para o futuro da Copasa e reforça a mobilização de sindicatos e movimentos sociais contrários à privatização da estatal. A votação em segundo turno da PEC definirá se o referendo popular continuará sendo exigido para a venda da companhia de saneamento mineira.

Com informações do jornal O Tempo

 

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