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Na manhã desta sexta-feira (30), foi realizada na delegacia de Formiga uma coletiva de imprensa para explicar sobre a operação ‘Leão de Neméia’ deflagrada em Formiga e cidades da região. A operação contou com a participação da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Ministério Público.

Estiveram presentes: o delegado Danilo César Basílio, o secretário de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco, o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais Joaquim Neto, o promotor de Justiça, Ângelo Ansanelli Junior, o chefe de Departamento da 7ª Regional da Polícia Civil de Divinópolis, Flávio Tadeu Destro, o delegado regional Tiago Ludwig Veiga e o tenente coronel Fábio Gotelip.

A operação foi realizada em Formiga, Arcos, Campos Altos, Córrego Fundo e Pimenta, e contou com cerca de 200 policiais; 42 mandados de busca e 12 prisões efetivadas.

Ainda de acordo com as investigações, estavam envolvidas ainda uma empresa de turismo do Mato Grosso, em uma cidade com divisa com a Bolívia, e uma empresa em Cuiabá, no seguimento de veículos de luxo.

A quantidade de materiais ainda está sendo contabilizada. Foram apreendidos vários celulares, documentos, cheques, grande valor em espécie, maconha, crack e notebooks.    

O delegado Danilo César Basílio explicou que a investigação foi realizada durante um ano na região Centro-Oeste e a organização criminosa era responsável pelo abastecimento de drogas em Formiga. “Podemos dizer que 95% da droga de Formiga provêm dessa organização. Conseguimos identificar a divisão de tarefas dos membros. Na organização haviam os que eram responsáveis pela entrega da droga e a mistura da composição química dela. Descobrimos que a droga era enterrada em apiários de abelhas para dificultar a ação da polícia, além de dois veículos adulterados, que eram usados para a distribuição da droga, um deles continha um compartimento secreto”.

Ainda segundo o delegado, a organização contava com empresários, agiotas e empresas de fachadas, ou seja, os responsáveis pela lavagem de capital. “Eram três camadas da organização, os líderes, os que realizavam o transporte e os que comercializam a droga”.   

A organização, segundo apurado, movimentou mais de R$40 milhões e um fornecedor no Mato Grosso já foi identificado.       

De acordo com o tenente-coronal Fábio Gotelip, a operação de grande porte contou com o suporte de aeronaves e cães farejadores. “Foi feito um planejamento para definir estratégias e é importante ressaltar essa integração das forças no combate à criminalidade”.   

O promotor de Justiça Ângelo Ansanelli Júnior destacou que em relação a investigação sobre a lavagem de dinheiro, a equipe conseguiu identificaram empresas fora de Minas Gerais que lavavam dinheiro para os traficantes dessa organização.

O delegado regional Tiago Veiga, destacou o trabalho da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado que tem prestado um serviço de grande qualidade.   

 Já o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Joaquim Neto, parabenizou toda a equipe pela investigação. “Que continuemos assim, fazendo grandes operações e com excelentes resultados”.

Do nome da operação

Sobre o nome dado a Operação, ele vem da mitologia grega “O leão de Neméia” que era uma fera com pelo impenetrável para as armas humanas, cujo rugido era ouvido a quilômetros de distância. Todos que tentavam derrotar o animal acabavam derrotado, por exceção de Hércules, o herói grego.

Com sua clava, Hercules acertou a cabeça do animal com extrema força, fazendo com que ele desmaiasse. Dessa forma, o herói estrangulou o animal e retirou sua pele com as próprias garras do animal, considerando que nada criado perfurava a pele dele.

A partir de então Hércules passou a usar sua pele como um manto protetor, com a cabeça do leão servindo-lhe de elmo.

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