Para o biênio de 2019 e 2020, 175 municípios mineiros foram somados à lista de cidades onde a biometria é exigida nas eleições. Os novos locais são domicílio eleitoral de pouco mais de 3,3 milhões de eleitores, no entanto, 1,4 milhão (42,93%) ainda não fez o cadastramento biométrico, conforme apontam dados do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).


Caso não compareçam a um Cartório Eleitoral ou a um posto de atendimento dentro do prazo estipulado, os eleitores terão os títulos cancelados.


Os prazos para que os eleitores registrem a digital começaram a expirar em outubro e há municípios onde o último dia é em 29 deste mês, outros com prazo para 17 de dezembro e o restante com vencimento em 21 de fevereiro de 2020.


Embora em 60 municípios o serviço de cadastramento já esteja encerrado desde 10 de outubro, o TRE-MG ainda não tem dados de quantos títulos foram cancelados.


Eleitores que perderem o prazo final ficam impedidos de votar até que regularizem a situação. Para isso, o cidadão precisa comparecer a um cartório ou posto de atendimento do município onde ele vota, levando documento oficial de identidade e comprovante de endereço. Sem o título de eleitor, os brasileiros ficam impedidos de se inscrever, investir ou tomar posse em concurso público; receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público; obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais e estaduais; obter passaporte, dentre outras vedações.


Esse é o procedimento que o farmacêutico Wilson Piaza, de 31 anos, precisará fazer para não ter direitos suspensos pela perda do título. Apesar de morar em Belo Horizonte, o domicílio eleitoral dele é em Carmópolis de Minas, Centro-Oeste do Estado, onde o cadastramento biométrico é obrigatório e foi feito até 10 de outubro. “Como trabalho em esquema de plantão, ficou bem difícil para mim encontrar um dia em que eu pudesse ir até lá e que o posto de atendimento também estivesse aberto. Agora, continuo tentando conciliar porque quero fazer concurso público”, declarou.


Segundo o vereador Geraldo Lucas Lima e Silva (DEM), de Carmópolis, o posto de atendimento da cidade, agora, trabalha na regularização de eleitores que não conseguiram se cadastrar a tempo. Até o dia 27 de outubro, mais de 80% do eleitorado já estava biometrizado e a expectativa é que o atendimento do posto dure até o fim deste ano. “Conseguimos trazer o posto para atender a população aqui, porque o cartório é em Passa Tempo [cidade vizinha] e havia muita resistência ao deslocamento. Realizar o atendimento aqui aumentou muito a adesão e esperamos ter 95% dos eleitores regularizados até o fim do ano”, contou o parlamentar.


Eleitores de municípios onde o prazo ainda não venceu e ainda não cadastraram a biometria precisam se dirigir ao Cartório Eleitoral ou a um posto de atendimento no domicílio eleitoral portando os seguintes documentos:

  • documento de identificação com foto (carteira de identidade, carteira de trabalho, carteiras profissionais) – exceto carteira de motorista e novo passaporte, para os que forem requerer o título pela primeira vez;
  • comprovante de endereço (conta de água, luz, telefone etc), preferencialmente em nome do eleitor, emitido nos três meses anteriores à data de comparecimento;
  • título eleitoral, se ainda o possuir;
  • comprovante de quitação com o serviço militar (para os eleitores do sexo masculino, maiores de 18 anos, que forem fazer o título pela primeira vez).
    Com as novas inserções, são 259 municípios com biometria obrigatória em Minas. Os 594 restantes têm o cadastramento de forma ordinária, ou seja, não há prazo definido para o eleitor registrar a biometria. Os mesmos documentos são necessários para quem quiser realizar o cadastro em cidades onde ele não é obrigatório.
    Em Minas, 43,46% dos eleitores têm biometria cadastrada. São mais de 6,8 milhões de cidadãos. Ainda faltam quase 9 milhões de mineiros registrem a digital no TRE-MG.

 

Fonte: Hoje em Dia ||
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