Lá se vai o 2020 que, convenhamos, além de atípico, certamente não deverá ser relembrado como um bom ano por muitos de nós. Excluímos aqui os investidores que participam do capital de grandes indústrias farmacêuticas, as quais, sabidamente estão, de um momento para o outro, tendo como cliente cativo, toda a população terrestre. Este vírus, se não foi por algum deles mesmos, fabricado, no mínimo surgiu em nosso meio, por encomenda.

De bom mesmo, queremos acreditar que a tal pandemia fez renascer em muitos de nós, o nobre sentimento de amor por nossos familiares que, por mais perto de nós, estejam, de uma hora para outra ficam de nós separados, ainda que por respeito ao tal “metro e meio” de distanciamento social.

Quem tem filhos, netos, pai, mãe, irmãos e amigos, e com eles se importa, sabe do que aqui falamos.

E é claro, 2020, por suas peculiaridades, certamente nos aproximou do Criador ou de uma divindade, seja ela qual for em que cremos, já que nos parece óbvia a compreensão de que, em certos momentos de nossa vida, em especial quando ela é confrontada com a morte que se mostra como real e inevitável, é dali, que um conforto ou consolo surge como bengala, como ponto de apoio!

2020 também trouxe a todos nós a certeza de que médicos, enfermeiros, faxineiros, auxiliares administrativos, fisioterapeutas, porteiros, maqueiros, motoristas, radiologistas, pessoal de laboratórios, coveiros, e uma infinidade de servidores da área de saúde, são sim, muito mal remunerados e, apesar disto, não mediram esforços e estão há quase um ano, se expondo todo dia aos males da Covid, simplesmente porque sabem que nós todos, dependemos deles para sobreviver.

O mesmo se diz agora, dos professores, do maternal aos cursos superiores que, com ou sem a ajuda da internet e da tecnologia, continuam cumprindo, com garra de verdadeiros sacerdotes, a missão de educar, nem todos, sabemos, é claro!

E foi também o 2020 que nos mostrou em manchetes trazidas com letras garrafais como um contingente enorme de políticos de má índole, soube manipular os trilhões de dólares que vieram por todo o mundo, especialmente no Brasil, para serem destinados às ações que, no mínimo, deveriam amenizar o sofrimento de tanta gente. E o que eles fizeram? Preferimos não comentar!

E no outro lado da moeda, foi também o 2020 que nos mostrou como os prefeitos de pequenas ou enormes cidades souberam arcar com a responsabilidade de controlar  suas populações através de medidas restritivas, muitas delas impopulares, mas que sem estas, a perda de vidas seria muito maior.

O que seria de nós todos, brasileiros, se aqui não existisse o SUS, por nós tão criticado e que, de repente, se tornou a única ferramenta capaz de atender milhares de brasileiros que, mesmo sendo possuidores de Planos de Saúde, acabam sendo por ele acolhidos.

E concluindo, foi o 2020 que trouxe a nós todos, inclusive aos que elegeram o atual primeiro “mandatário” (entenderam o porquê das aspas?) do país, a certeza de que neste país, com ou sem Senado, Câmara ou Judiciário – aqui falamos da cúpula de tal poder – o importante mesmo seria, para todos nós, que o senhor presidente da República, falasse menos e agisse com maior firmeza no tocante a adoção de medias que viessem em defesa da saúde de nosso povo.

Adquirir vacina, depois que o mundo todo já coloca em prática a vacinação em massa de suas populações, inclusive a Argentina, é algo inaceitável, senhor Bolsonaro!

E tem mais, se 2020 ainda não nos ensinou, saiba senhor presidente, que 2021 já nos aponta para um fato no mínimo curioso. Vacinas para serem aplicadas, se é que elas aqui chegarão algum dia, dependem de insumos insubstituíveis como seringas. Será que a turma lá do Ministério da Saúde, aquele que tem expertise em logística operacional sabe disto?  

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