Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Ipec (Inteligência e Pesquisa e Consultoria), sob encomenda da Bigfral, empresa especializada em produtos para incontinência urinária, com cerca de 2.000 pessoas aponta que 30% da população brasileira sofre com incontinência urinária.


Entre os casos afirmativos, as mulheres são a maioria – 68%. Além disso, segundo os dados apresentados como resultado, a dermatite tem forte relação com o “escape” de urina. 

A pesquisa é uma iniciativa em prol do mês de março, considerado como o da incontinência urinária. Em parceria com Associação Brasileira pela Continência BC Stuart, essa é uma das ações feitas pela Bigfral para conscientizar a população do país acerca da prevalência dos casos, seus riscos e relações com as doenças da pele. 

“É preciso falar sobre incontinência urinária, porque um a cada três pessoas no Brasil tem algum tipo de escape ou perda de urina, sendo que 69% dessas pessoas não sabem que a perda de urina, em qualquer quantidade, é considerada incontinência urinária. Nesse estudo, conseguimos mensurar o quanto a incontinência afeta o bem-estar das pessoas: 91% dos entrevistados confirmaram isso, e 89% sentem-se envergonhados. Os dados demonstram que há tendência ao isolamento, já que 61% evitam sair de casa.” 

É o que avalia a diretora de marketing Ontex Bruna Fausto, uma das responsáveis pela pesquisa. Ainda, segundo os dados coletados, 42% dos entrevistados afirmam que evitariam eventos sociais em razão da incontinência urinária e 77% evitariam ir a locais sem banheiro próximo se tivessem o escape. Além disso, há impactos na feminilidade, conforme dito por 56% das pessoas que responderam à pesquisa, e na vida sexual – 19%. 

E o que é a incontinência urinária?

“É toda perda involuntária de urina, independentemente do tipo ou da causa do escape”, afirma Maria Augusta Bortolini, ginecologista, obstetra, uroginecologista e vice-presidente da Associação Brasileira pela Continência BC Stuart. Mas, para além do escape, essa condição pode resultar no aparecimento de quadros de dermatite – inflamação na pele. É o que 77% dos entrevistados relataram. 

Essa manifestação pode se manifestar por alteração de cor róseo ou vermelho nos indivíduos de pele branca, e pálido, escuro ou arroxeado nas peles mais escuras, prurido ou coceira e descamação, dor e ardor na pele. Nos casos mais graves, pode ocorrer perda da camada superficial de proteção ou barreira da pele e predisposição a infecção secundária por fungos e bactérias. 

“A dermatite na região perineal, genital ou inguinal pode ocorrer em decorrência da perda de urina. A pele sofre inflamação pelo contato constante da urina e/ou pelo uso de absorventes, protetores diários ou fraldas não adequadas para o problema por tempo prolongado. Com o tempo, a camada da pele que funciona como barreira protetora vai sendo danificada. Assim, as dermatites podem acometer pessoas que apresentam incontinência urinária, predisposição a infecções secundárias por microorganismos como fungos e bactérias que, se não tratadas, podem até evoluir para processos infecciosos sistêmicos”, explica Maria Augusta. 

A ginecologista lembra, ainda, que conforme ilustrado pelos dados apresentados pela pesquisa, esses quadros podem sim influenciar na qualidade de vida dos pacientes. E isso para além da vida social. “Além dos cuidados pessoais e gastos extras que envolvem uso de protetores ou fraldas e trocas de roupas frequentes durante o dia, a perda de urina pode levar a uma limitação das atividades do dia a dia.” 

“Incontinência urinária é toda perda involuntária de urina, independentemente do tipo ou da causa do escape,” comentou Maria Augusta Bortolini, ginecologista, obstetra, uroginecologista e vice-presidente da Associação Brasileira pela Continência BC Stuart.

Fonte: Estado de Minas

COMPATILHAR: