Estudantes enfrentam nova batalha para ingressar no ensino superior. Desta vez, o campo de luta é a lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Um mês depois da divulgação do resultado da primeira chamada, não foram preenchidas pelo menos 32% das vagas oferecidas neste primeiro semestre nas universidades federais em Minas Gerais.
Em alguns campus, há uma espécie de ?vestibular? à vista, dada a quantidade de inscritos na lista de espera ? apenas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 35,6 mil candidatos alimentam o sonho de se tornar calouros. A expectativa das instituições é de continuar chamando estudantes até meados de março.
De 15.710 cadeiras oferecidas pelas nove instituições que informaram a quantidade de convocados em terceira chamada, pelo menos 5.029 estão em aberto. As Universidades Federais de Lavras (Ufla) e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) ainda não sabem quantos candidatos chamarão, pois estão recebendo e analisando documentos de matrícula de calouros cotistas da lista anterior.
A lista de espera comprova que a dança das cadeiras do Sisu ainda está longe de terminar. Há possibilidade de aumento do número de vagas em aberto. Podia participar dessa lista quem não foi aprovado na primeira e na segunda chamadas, além dos selecionados para a segunda opção de universidade, independentemente de terem feito matrícula. Por isso, é permitido a alguém que se matriculou numa instituição, mas foi convocado para outra da primeira escolha, desistir da inscrição já feita. Com isso, abrem-se mais oportunidades.
Em números absolutos, a UFMG tem a maior quantidade de cadeiras a serem ocupadas: 947. O número de estudantes interessados na lista de espera é de mais da metade do total de inscritos em vestibulares anteriores, quando houve cerca de 60 mil candidatos. A universidade, que se destacou no Sisu como a mais concorrida do país, com 52,65 candidatos por vaga, enfrenta agora outra disputa acirrada, com 37,6 alunos interessados em se matricular. Para medicina, um dos cursos mais cobiçados, foram convocados 28 alunos.
A instituição com a maior proporção de vagas em aberto é a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba. De 844 cadeiras oferecidas, 400 ainda estão à espera de alunos (47,4%). Medicina, o curso mais tradicional da instituição, registrou a maior quantidade de matrículas nas duas primeiras chamadas: foram preenchidas 73% das vagas ? 11 (de 40) serão disputadas na lista de espera. O curso com a maior oferta é o de geografia, que teve apenas 27% das matrículas concretizadas.

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