A partir de 2018, o Brasil começará a sentir os efeitos da recuperação econômica. A previsão do Boletim Focus é a de que o país cresça 2,5% na comparação com este ano. Como reflexo, é esperado que o desemprego, cuja taxa se aproxima dos 14% e faz mais de 14 milhões de vítimas, ceda. Em um ambiente de concorrência extrema, possuir qualificação profissional pode ser a diferença entre conseguir um bom emprego e ficar a ver navios. E, nesse cenário, os cursos técnicos se destacam.

“Quando o assunto é concorrência, quem tem um curso técnico tem 50% a mais de chances de conseguir uma vaga, quando comparado a quem não tem. E o salário de quem tem curso técnico é 30% maior do que profissionais não especializados”, afirma o gerente de Educação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Edmar Fernandes de Alcântara. De acordo com ele, 65% dos jovens que fazem curso técnico conseguem emprego na área em um ano.

O técnico de manutenção automotiva Leandro Carvalho de Souza, hoje com 19 anos, dá rosto aos números. Em 2015, ele se formou no Senai e duas semanas depois já estava empregado. “Sempre tive afinidade com a área automotiva e sabia que queria seguir nela. Imediatamente após fazer o curso consegui um bom emprego. As pessoas acham que tem que fazer curso superior para se destacar no mercado, mas o técnico não deixa nada a dever”, afirma.

O gerente de Educação do Senai concorda. Segundo ele, é necessário desmistificar a ideia de que curso superior é a melhor forma de acessar o mercado de trabalho. “O ensino superior é uma forma de acesso, não a única”, ressalta.

Alcântara destaca que os brasileiros, por cultura, superestimam o terceiro grau. “Nos países desenvolvidos não há distinção entre quem tem curso técnico e quem tem curso superior”, diz.

Ele afirma, ainda, que há mais vagas para técnicos. “Para construir um prédio são necessários um engenheiro, quatro técnicos em edificação e diversos eletricistas”, exemplifica.

Custo
O Senai oferece mais de 50 cursos técnicos em 27 setores da indústria e está presente em 62 municípios mineiros, em todas as regiões do Estado. A mensalidade custa entre R$290 e R$500, dependendo do grau tecnológico do curso, que dura em média um ano e seis meses.

 

Fonte: Hoje em Dia ||

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