A aluna Laucelly Avelar, do 5º período do curso de ciências biológicas, participou de um estágio no Projeto Tamar, em janeiro de 2015.
Ela conta que conheceu o projeto e o programa de estágio em 2013, no estado do Espírito Santo e, desde então, queria estagiar lá. ?Entrei no site em agosto de 2014, vi o que precisava e fiz minha inscrição em setembro. Enviei todos os documentos necessários via correio. Um mês depois, me ligaram confirmando que faria estágio na base de Ubatuba/SP?.
Segundo a aluna, o Projeto Tamar ofereceu alojamento durante o estágio que foi o período de um mês. ?Todos os outros custos foram por nossa conta. No mês de janeiro, éramos dez estagiários, sete de ciências biológicas e três de medicina veterinária, sendo somente um homem, cada um de um lugar do país. Tivemos um treinamento antes de começar, aprendemos bastante sobre tartarugas marinhas?.
Conforme relata Laucelly Avelar, a maioria do tempo, os estagiários ficavam com os turistas no Centro de Visitantes, onde tem várias tartarugas marinhas à mostra, de quatro espécies das cinco encontradas no Brasil, mais tartarugas terrestres e de água doce. Também tem um museu, com ossos, cascos, réplica de ninho, área sobre a pesca e sobre o lixo, além de sala de vídeo. No Centro de Visitantes, os acadêmicos faziam monitoria, tiravam as dúvidas dos turistas, realizavam um trabalho de educação ambiental e cuidavam da alimentação dos animais.
?Quando não estávamos no Centro de Visitantes, íamos para o Centro de Reabilitação ou saídas a campo. Não fazíamos monitoramento de desova, porque Ubatuba não tem desova, devido à temperatura da região. Lá é somente área de alimentação de tartarugas, especialmente a verde?.
A aluna explica que o Centro de Reabilitação (Quarentena) é um lugar onde ficam as tartarugas doentes ou em tratamento, a maioria é de tartarugas que vieram na natureza devido à pesca, lixo ou qualquer outro motivo. Somente funcionários têm acesso a esse centro.
?Já as saídas de campo dependiam se tivesse chamadas. A maioria era para resgatar tartarugas vivas, mas presas a redes de pesca. Então, os pescadores ligavam pro Tamar e um estagiário ia a cada vez com um biólogo. Lá, se a tartaruga estiver saudável, se faz biometria, pesagem, marcação com anilhas, anotações e é solta. Se tiver doente ou com papiloma (um tipo de tumor de pele) é levada para o Centro de Reabilitação. Se estiver morta também é levada, mas para necropsia. Foi uma experiência muito válida para o meu curso e também para experiências futuras?, finaliza a aluna.

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