A equipe da Vigilância Sanitária percorre nesta segunda-feira (13) os supermercados de Divinópolis, em uma ação para recolher cervejas produzidas pela Backer – referente ao lote investigado pela Polícia Civil.

A investigação tem o objetivo de determinar se o consumo da cerveja tem relação com a internação de oito homens e uma mulher pela síndrome nefroneural – um deles morreu.

O Instituto de Criminalística encontrou em duas garrafas do lote 1348, das linhas de produção L1 e L2, uma substância tóxica chamada dietilenoglicol, usada em serpentinas no processo de refrigeração de cervejas.

Consumidores que tiverem cervejas destes lotes não devem consumi-las. Elas podem ser encaminhadas às autoridades.

Vítimas

Um dos pacientes está internado em São Lourenço, na Região Sul de Minas Gerais. O dentista viajou para Belo Horizonte. Uma mulher de Viçosa, na Região da Zona da Mata, também está hospitalizada. A prefeitura da cidade notificou a Superintendência de Saúde sobre a suspeita de um caso.

A informação foi confirmada, na sexta-feira (10), pela assessoria do Executivo ao G1 e à produção da TV Integração. O Executivo emitiu uma nota sobre o assunto. Ela não teria ido à capital mineira.

Um homem morreu em Juiz de Fora, também na Zona da Mata. O Ministério da Saúde confirmou que Belo Horizonte é o local provável de exposição de todos os casos.

Entenda o caso

O caso veio à tona no dia 6 de janeiro após circularem informações nas redes sociais de que pessoas de uma mesma família estariam hospitalizadas, em estado grave, com sintomas de uma doença ainda desconhecida.

Uma amiga da família do paciente que morreu disse ao G1 que não há a confirmação de que ele tenha tomado a cerveja. A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte recolheu alimentos para análise.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte de um homem vítima da síndrome desconhecida em Minas Gerais. Outras sete pessoas continuam internadas em hospitais particulares de Belo Horizonte e Nova Lima, na Grande BH.

Agentes estiveram na cervejaria Backer, no bairro Olhos D’Água, na Região Oeste da capital, na última quinta-feira (9). De acordo com fontes ligadas à investigação, o motivo seria apurar casos suspeitos de uma doença desconhecida que estão acontecendo na capital mineira. Garrafas foram recolhidas e serão comparadas com as fornecidas por famílias de pacientes.

Mensagens se espalharam pela internet de que essas pessoas teriam comprado a cerveja Belorizontina em supermercados do bairro Buritis. Na quarta-feira, a empresa Backer, que a fabrica, negou que a bebida possa ter relação com os sintomas apresentados pelos pacientes e declarou que as mensagens são mentirosas.

Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, morreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata, em Minas Gerais, após apresentar sintomas de insuficiência renal e alterações neurológicas.

Ministério da Saúde

Na manhã desta quarta-feira (8), um grupo do Ministério da Saúde se reuniu com técnicos da Secretaria de Estado de Saúde, em Belo Horizonte, para investigar a origem dos sintomas que já foram identificados em outros oito pacientes.

Os sintomas da síndrome podem incluir náusea, vômito e dor abdominal, evoluindo rapidamente para insuficiência renal e alterações neurológicas. Até agora, a síndrome apareceu apenas em homens, com idades entre 23 e 64 anos. Um deles morreu nesta quarta.

Todos os casos apareceram em pessoas que moram ou estiveram em um mesmo bairro, o Buritis.

 

Fonte: G1 ||
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