Admirável Mundo Novo, grande clássico da literatura de ficção científica, é um livro questionador, intrigante e filosófico. A obra é a indicação de leitura das bibliotecas públicas de Formiga para esta semana.

O autor, Aldous Huxley, narra uma história que transcorre num futuro muito distante, próxima ao ano 2500 ou, mais precisamente “no ano 600 da Era Fordiana”, em alusão satírica a Henry Ford (1863-1947), Ford é considerado como um Deus.  As pessoas não têm mais com o que se preocupar, pois foram condicionadas desde pequenas para sentirem-se satisfeitas. Ninguém pertence a ninguém. Não existem pais e mães, irmãos e primos ou tios e avós. Todas as crianças nascem em laboratório, já com as suas castas definidas. A velhice, não os afeta mais, como o seguinte trecho mostra:

“Atualmente, tal é o progresso, os velhos trabalham, os velhos copulam, os velhos não têm um instante, um momento de ócio para furtar ao prazer, nem um minuto para se sentarem a pensar – ou se, alguma vez, por um acaso infeliz, um abismo de tempo se abrir na substância sólida de suas distrações, sempre haverá o soma… […] de onde, ao retornarem, se encontrarão na outra margem do abismo, em segurança na terra firme das distrações e do trabalho cotidiano, correndo de um cinema sensível a outro, de uma mulher pneumática a outra, de um campo de Golfe Electromagnético a… pg.61“ 

(Soma, a que se refere a citação acima, é a droga “perfeita”, pois não tem nenhum contra efeito.)

O personagem Bernard Marx não se adapta à sua sociedade. Juntamente com ele, o publicitário Helmholtz é outro na mesma situação. Em meio à política local, surgem outros personagens, como Lenina, uma mulher quase perfeita; o Diretor, que tem um final bem inusitado; e Mustafá Mond, vossa fordeza. Jonh, o selvagem; um personagem que dá seu brilho ao livro, citando Shakespeare e questionando todos os pontos daquela sociedade bizarramente perfeita.

O livro está disponível para empréstimo na Biblioteca Pública Municipal “Dr. Sócrates Bezerra de Menezes”.

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