Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), se um ser extra-terrestre pousasse em Brasília e visse, durante uma semana, o noticiário na televisão sobre a tal faxina no governo Dilma Rousseff (PT), ia pensar: Nossa, que herança maldita deixaram para essa senhora!. A declaração foi feita ontem, em Belo Horizonte, onde o ex-governador de Minas Gerais esteve para lançar o núcleo sindical do PSDB, um esforço do partido de se abrir para os movimentos sociais e melhorar sua relação com a sociedade.
Segundo o tucano, o governo federal é reativo, enquanto deveria ser pró-ativo. O governo não acordou de uma hora para outra, afirmou Aécio, em referência à faxina promovida pela presidente Dilma nos ministérios. Para ele, a faxina não passa de um slogan de campanha. Em tom crítico, ele afirmou que esse governo federal se limita a uma agenda pequena. Cadê as grandes reformas e o pacto federativo?, questionou.
Para Aécio, o PT adotou como prioridade um projeto de poder, o que tem um preço, além dos próprios interesses.Já o PSDB quer representar um projeto para o país.
Aparelhamento
O senador afirmou, ainda, que o governo federal possibilitou um aparelhamento absurdo e irresponsável da máquina pública no Brasil.
A opinião é similar à de Marcus Pestana, presidente do PSDB e deputado federal. Para ele, o partido não quer aparelhar o movimento sindical. Pestana afirmou que o PSDB Sindical e cargos no serviço público são coisas separadas.

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