Economicamente, um país é feito de diversos agentes: empresas, consumidores, trabalhadores, governo.
As empresas quando alcançam êxito e têm um grande lucro divulgado são, muitas vezes, alvos de ofensivas para perderem parte do lucro, seja na forma de aumento de tributação pelo governo ou até de aviltamento das propostas de preços pelos fornecedores.
Os consumidores ao optarem por adquirir grandes quantidades de um determinado produto ou serviço (aumento da demanda), vê, repentinamente, este ter um preço proibitivo, muitas vezes por aumento de tributo perpetrado pelo governo ou mesmo aumento abusivo de preço pelo fornecedor.
As categorias de trabalhadores mais organizadas podem conseguir maior índice de reajuste salarial e ter a sua renda aumentada. Isto gera a reação dos empresários no sentido de aumentar a automação e robotização deste setor.
O governo, seja ele federal, estadual ou municipal, ao ter grandes superávits passa a ser alvo de pedidos de aumento de custos de diversas espécies, seja de aumento de salários dos servidores, investimentos em obras ou mesmo propostas para aumentar os programas sociais.
O final é sempre o mesmo, as ações predatórias dos demais agentes econômicos para fazerem frente a um agente que estava tendo êxito resulta em depreciação e declínio de um setor outrora exuberante. Agora, a empresa que dava lucro, passa a dar prejuízo; os consumidores deixam de consumir; o trabalhador perde o emprego; o governo passa a ter déficit em seu orçamento.
O problema não está na empresa que tem grandes lucros, no consumidor adquirir muito um item de consumo, no governo ter superávits persistentes ou no trabalhador ter reajustes significativos.
A condição dos agentes gozarem de uma situação de êxito financeiro é salutar para a economia, pelo fato destes setores não necessitarem do auxílio dos demais agentes econômicos.
Agora, quando algum setor da economia sofre e tem dificuldades, os agentes deste setor viram um grande ônus para o restante da sociedade.
Quando as empresas têm prejuízos e chegam até a decretar falência, ocorrem prejuízos para a sociedade na forma de desemprego, de inadimplência com os seus fornecedores, na impossibilidade de pagar os seus impostos.
Os consumidores que não tem a confiança para consumir os produtos e serviços, seja devido o desemprego, seja pelo fato dos produtos estarem caros demais, etc., geram efeitos concretos na economia, seja pela diminuição do faturamento do comércio local, na diminuição da arrecadação de tributos, etc.
A economia ressente quando os trabalhadores estão desempregados ou têm os seus salários diminuídos, com o aumento da inadimplência, com o aumento da dependência de serviços públicos (escolas, hospitais, etc.), o aumento de pedido de assistência social, etc.
Por fim a economia sente os efeitos negativos de governos deficitários, que não cumprem com os seus deveres de pagar os salários dos servidores, de quitar os compromissos comos fornecedores e de prestar de forma satisfatória os serviços públicos (segurança, saúde, educação, etc.), gerando um efeito propagador negativo na economia.
Afinal, quando qualquer agente econômico tem dificuldade de arcar com as suas responsabilidades toda a sociedade sofre as consequências negativas. Então devemos conviver de forma natural com o que está dando certo e até lutar para que continuem assim.
A economia certa que todos querem é aquela onde estão presentes agentes econômicos a fazer plenamente os seus papéis, com a empresa a investir e obter lucros e pagar impostos, seja o trabalhador a trabalhar e receber o seu salário justo, seja o consumidor a achar e consumir todos os produtos e serviços na exata medida do seu interesse, seja o governo a ter superávits persistentes e honrar todos os seus compromissos com os servidores e fornecedores e ainda prestar todos os serviços públicos necessários para o povo. É na harmonia do sistema, com todos os agentes plenamente satisfeitos e a exercer os seus papéis que teremos condições de ter um país melhor.
O governo somente deveria interferir em situações onde os agentes estão funcionando aquém do exigido em uma economia de mercado, com avaliações periódicas da situação macro e microeconômica do país.
Para as empresas em dificuldades econômicas deve-se assessorá-las para solucionar as suas pendências e, assim, poderem voltar a gerar investimento, emprego e tributos. Agora os consumidores não atendidos completamente em suas demandas devem ter novas ofertas de produtos e serviços, em quantidade e qualidade, incentivando a livre concorrência e a pluralidade de ofertas. Os trabalhadores desempregados devem em um primeiro momento receber o seguro desemprego e, logo a seguir, devem ter todo o apoio para nova recolocação no mercado de trabalho. Os governos com déficits devem fazer ajustes nas contas para voltarem a ter condições de arcar com os seus compromissos.
Com isto, o governo ao fazer o seu papel de dar apoio a todos os agentes com problemas de atuação e ter tolerância com os agentes econômicos que atuam nos limites legais e regulamentares, poderemos ter uma economia pujante e uma sociedade plenamente satisfeita.

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