Agentes federais de Belo Horizonte, Varginha, no Sul de Minas, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, farão uma paralisação de 72 horas a partir desta terça-feira (21), segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais (Sinpef-MG). Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal reclamam da falta de prestígio, dos salários congelados há seis anos, e do descumprimento, por parte do governo, do termo de acordo que finalizou a última greve da categoria, em 2012.
Em Belo Horizonte, o início da greve virá acompanhado de uma manifestação dos policiais federais, nesta terça, às 17h30, em frente à Superintendência Regional da Polícia Federal, no Gutierrez, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
De acordo com o Sinpef, o estopim da paralisação é a recente Medida Provisória (MP) 657, que propõe restringir as chefias e o conceito de autoridade policial somente para o cargo de delegado. Segundo sindicato, a medida cria uma hierarquia política nunca existente na Polícia Federal, e retira a autoridade e autonomia técnica dos demais policiais envolvidos nas investigações.
Injustificável
Em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) classificam como injustificável a realização de movimento grevista, na semana que antecede o segundo turno das eleições gerais de 2014.
Para a ADPF, a MP 657 complementa a MP 650, que fala sobre nível superior para agentes escrivães e papiloscopistas, e as duas reconhecem em lei situações funcionais há tempos já consolidadas de fato no âmbito da Polícia Federal, valorizando a capacitação profissional dos servidores de carreira da Polícia Federal.

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