Até o 9º ano do ensino fundamental, o jovem Diogo Oliveira estudou em escolas públicas da cidade de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. E agora, aos 18, ele comemora a aprovação com bolsa integral na Universidade de Harvard, a mais conceituada do mundo.

Com a felicidade clara na voz, Diogo conta que foi uma surpresa a aprovação, já que ele se inscreveu em outras quatro universidades e Harvard era a última em que ele acreditava que seria aceito. “Eu apliquei pra testar porque nunca acreditei que conseguiria, tanto que o resultado dela foi o último que abri, e foi muito bom ver as boas-vindas”, comemora.

Filho de pais brasileiros, Diogo nasceu em Cambridge, cidade onde fica a universidade de Harvard, e se mudou aos sete meses para Caeté para morar com os avós. A mãe precisou voltar para os Estados Unidos quando ele ainda tinha quatro anos e os dois ficaram sem se ver por 11 anos até que surgiu a oportunidade de ele cursar o ensino médio no país.

Sempre esforçado na escola, ele chegou à cidade de Lowell, em Massachussets, falando muito pouco o inglês, mas conta que em pouco tempo conseguiu aprender e avançar em seus estudos. Nos dois últimos anos de ensino médio (ele está cursando o último), Diogo já fazia a maioria das aulas em turmas avançadas, com conteúdo considerado de faculdade.

Além da trajetória desde a mudança para o Brasil e a criação pelos avós, o estudante acredita que o bom desempenho na escola, as atividades extracurriculares e o fato de ele trabalhar fora da escola contaram muito para a aprovação. “Acho que eles veem que eu consegui equilibrar muitas coisas e ter um bom desempenho nelas”, aposta.

O curso na universidade custaria US$ 84 mil por ano, mas o esforço do estudante, além da aprovação, garantiu a ele uma bolsa de estudos integral. Hoje ele mora com a mãe em de Lowell e vai se mudar para Cambrigde para morar dentro da universidade com todos os custos cobertos pela bolsa.

Diogo vai cursar Biologia Físico-Química e, depois, pretende cursar Medicina. Nos Estados Unidos, onde ele já mora há três anos e meio, não há aplicação direta para a faculdade de Medicina, o estudante precisa antes se formar em outro curso e, então, concorrer a uma vaga.

Fonte: O Tempo Online

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