O evento foi organizado pelo professor da disciplina educação musical da escola, Alex Arouca, e ainda contou com o apoio da direção e demais educadores.
Segundo Alex Arouca, o objetivo foi trazer aos alunos algo que despertasse o interesse pela música, logo no primeiro dia de aula da disciplina, e nada melhor do que os instrumentos de percussão e seus ritmos contagiantes, pois todo indivíduo vive e sente a música, principalmente por meio do ritmo, que provoca, na maioria das pessoas, uma batidinha de pé, um estalar de dedos, um gingado no corpo. O ritmo deve ser trabalhado desde cedo, já que é uma capacidade físico-perceptiva fundamental para o desenvolvimento humano.
Durante o evento, os alunos aprenderam muito sobre as características sonoras de cada instrumento de percussão apresentado, sobre ritmos brasileiros e cultura regional. Além disso, André Luís Lorena, mais conhecido como Passarinho, coordenou a participação das crianças que bateram palmas ritmadas e fizeram coreografias. Ao final, os alunos participantes da Banda de Latas e da Sucata Sinfônica tocaram algumas músicas de seu repertório, acompanhados pelo percussionista e pelo professor de educação musical.
André Passarinho
André Luís Lorena, nascido em Formiga, vem de uma família de músicos. Seu pai, Rivaltino Lorena, e seus tios Osmair Lorena e Ildeu Santiago, fizeram parte do famoso e extinto conjunto Centenário. Sua mãe, Maria Imaculada Lorena, junto com suas tias Dilce Aparecida e Carmen Lúcia, foram cantoras de rádio, obtendo grande destaque na época.
Aos 13 anos, quando Passarinho começou a praticar capoeira com o percussionista mineiro Mestre Kaíka aprendeu e desenvolveu seus primeiros toques, como berimbau, pandeiro e atabaque. Com o passar do tempo, foi se interessando por outros instrumentos, a partir desse momento, estudando por conta própria. Sempre guiado por seu ?ouvido?, ele assimilou vários ritmos e, em pouco tempo, já se virava bem.
Em 94, André fundou sua primeira banda denominada Agitação, que hoje recebe o nome de Banda Arrastão, assim descobriu seu dom de cantor e compositor, e com composições próprias participou e ganhou festivais de música da região.
Depois disso, em 1997, seu mestre de capoeira, Mão Branca, o convidou para dar aulas na Suíça, André aceitou o convite sem pestanejar e, lá chegando, em meados de junho, se identificou de imediato, rapidamente se integrando ?no métier de la musique?.
André Passarinho também esteve entre os oito finalistas que disputavam a vaga do vocalista Beto Jamaica no grupo É o Tchan, entre mais de 1.200 candidatos de todo o Brasil. Os oito escolhidos disputaram no programa Domingão do Faustão, da Rede Globo.
Morando na Suiça, Passarinho desenvolve um trabalho voltado para crianças e adolescentes e faz shows, divulgando a música brasileira e suas raízes. Ele costuma visitar o Brasil na época do Carnaval e, nos últimos três anos, tem aproveitado para matar a saudade do público brasileiro, se integrando à Banda Artigo 28, atuando como percussionista e vocalista. A banda formiguense anima os carnavais de São Gonçalo do Pará, desde 2008 e, no Carnaval de 2011, estará na cidade mineira mais uma vez.
