América e Atlético decidem nesta quarta-feira (5), às 21h30, no Independência, uma vaga na final do Campeonato Mineiro, em busca de um título com significado bem especial para os dois lados.

 O Coelho, que é mandante e precisa vencer por qualquer placar para se classificar, busca dois títulos do Estadual no menor intervalo de tempo da sua história, desde a implantação do profissionalismo, em 1933. Já o Galo, precisa da taça para ver embalar o “Projeto Sampaoli”.

A derrota de 2 a 1 no último domingo (2), no Mineirão, na partida de ida, obriga o América a vencer o clássico desta quarta-feira por qualquer placar. Segundo colocado na fase classificatória, o time de Lisca encara o Atlético, que foi terceiro, precisando de dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols.

Decacampeão entre 1916 e 1925, o Coelho, que foi resistente à Era do Profissionalismo, viveu um longo jejum de títulos estaduais, pois só foi levantar a taça do Estadual novamente em 1948, 23 anos após a conquista de 1925.

Era Mineirão

Em 1957, 11 anos depois, o América ganhou seu último Campeonato Mineiro antes da inauguração do Mineirão. No Gigante da Pampulha, o clube ganhou a competição por quatro vezes (1971, 1993, 2001 e 2016).

O menor intervalo entre taças foram os oito anos, de 1993 a 2001. Agora, o time de Lisca pode ganhar o Estadual apenas quatro anos após a última conquista, em 2016. Para isso, precisa passar nesta quarta-feira pelo Atlético, que foi também o adversário naquela final.

Projeto

No caso do Atlético, maior campeão mineiro com 44 taças, o título poderia ser só mais um. Mas após o clube contratar um time inteiro desde o início da temporada, gastando mais de R$ 100 milhões, vencer o 45º Estadual passou a ser quase uma obrigação.

Só como comparação da disparidade financeira entre os dois clubes, no ano passado, a arrecadação total do América foi de pouco mais de R$ 30 milhões. Os parceiros do Atlético investiram quase quatro vezes este valor no clube desde o início de 2020.

Reforços

No clássico do último domingo, dos 15 jogadores usados por Jorge Sampaoli, nove chegaram à Cidade do Galo nesta temporada, sendo que o goleiro Rafael sem ter os direitos econômicos comprados, pois conseguiu sua liberação do Cruzeiro na Justiça do Trabalho. E o meia Hyoran foi emprestado de graça pelo Palmeiras.

O zagueiro Alonso, os laterais Mailton e Guilherme Arana, o volante Allan, e os atacantes Savarino, Marrony e Keno foram adquiridos por parceiros que os repassaram ao Atlético.

Nesta quarta-feira, podem entrar nessa lista o volante Alan Franco e o lateral Mariano.

Por mais que seja um início de trabalho, ficar de fora até da decisão do Mineiro, depois de tamanho investimento, não deixa de ser um baque no grande “Projeto Sampaoli”.

Ingredientes não faltam, mas o intervalo curto entre títulos mineiros, no caso do América, e a primeira taça de Sampaoli, para o Atlético, são os maiores motivadores no confronto que vale vaga na final do Mineiro 2020.

Fonte: Hoje em Dia

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