Pela segunda vez em menos de dez dias, a conferência de bagagens em portos e aeroportos e o atendimento aos contribuintes nas unidades da Receita Federal estarão prejudicados. Cerca de 7,5 mil analistas tributários do órgão promovem uma nova paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (23), quando o governo apresentará a proposta final de reajuste para a categoria.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), os trabalhadores se concentrarão durante todo o dia em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília e nas sedes regionais, e nas unidades da Receita Federal em cada cidade. Segundo a entidade, os servidores estarão mobilizados como forma de pressionar o governo para atender às suas reivindicações.
No último dia 14, os analistas tributários também cruzaram os braços por 24 horas. Eles pedem a reposição das perdas salariais desde 2008, quando houve o último acordo com o governo. O Sindireceita reclama que, nos últimos quatro anos, as correções estão abaixo da inflação acumulada no período e que a categoria está em 107º lugar na lista de salários pagos aos analistas do Poder Executivo.
Carreira de nível superior, os analistas tributários se juntam aos auditores fiscais da Receita Federal, que estão em operação-padrão desde 18 de junho. Encarregados de promover operações de fiscalização contra sonegações e contrabandos, os auditores reivindicam reajuste de 30,19%. A mobilização afeta a liberação de cargas em portos e aeroportos.
Por meio da assessoria de imprensa, a Receita Federal informou que não comenta greves e paralisações.

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