A Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico já estavam posicionados, quando às 19h10 entra no palco o maestro norte-americano Eugene Kohn. Eles interpretaram a primeira peça do repertório ?Triumph Chorusi?, da ópera Aida, de Verdi. O público aplaudiu de maneira efusiva. Mas a ovação não foi nada perto do aconteceria, oito minutos depois, com a chegada de Andrea Bocelli ao palco. Após primeira música, ?La Mia Letizia Infondere, da ópera ?I Lombardi?, de Verdi, ele interpreta a célebre ?La Donna e´mobile?, da obra ?Rigoletto?, de Verdi, e novamente arranca muitos aplausos do público que não mediu esforços para vê-lo.
Fã do tenor italiano, Fernanda Costa Pereira, 29, chegou à praça da Estação antes de meio-dia. ?Quis chegar cedo para não perder nada?, contou. Do ponto mais próximo do palco que lhe era permitido, ela acompanhou a passagem de som iniciada às 14h30.
Ouviu Bocelli ensaiar com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a cantora Sady Leah, o Coral Lírico de Minas Gerais e o Coral de Crianças do Programa Árvore da Vida, até as 16h15. ?O repertório está muito bonito, acho que esse concerto supera o que eu vi em 2009, em São Paulo?, disse ela.
Morador de Machado, no Sul de Minas Gerais, ela moveu esforços pela internet para conseguir o seu ingresso a tempo e contou, sobretudo, com o apoio da generosidade humana. Ângela Souza Matos, 51, também chegou cedo na praça e ficou a postos, de frente ao palco, ao lado de toda a família. ?Eu estou muito feliz de estar aqui, embora cansada, de pé a horas. Ouvir Andrea Bocelli compensa tudo, é um esforço que vale muito a pena?, disse.
Com entusiasmo semelhante, Juliana Rosa de Oliveira Fernandes comemorou os dois ingressos que ganhou já na fila. ?Foi muita sorte. O ingresso que eu esperava não chegou e duas senhoras que me ouviram ficaram sensibilizadas comigo. Tinham dois ingressos sobrando. Assim, entramos eu e minha amiga. Foi maravilhoso que isso tenha acontecido?.

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