A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou nesta terça-feira (7) a alteração no reajuste tarifário anual da Cemig. Para os consumidores residenciais, o reajuste será de 5,93%.
O novo valor definido mostrou-se bem abaixo do que era esperado pelos especialistas, que era entre 10% e 17%. A alteração deve entrar em vigor já a partir da próxima quarta-feira (8) para 8 milhões de unidades consumidoras localizadas em 805 municípios de Minas Gerais.
Além da mudança na conta de luz residencial, foram definidos os novos valores na cobrança de energia para o setor agropecuário e industrial. Isso é estabelecido a partir da classificação de alta, baixa e média tensão.
No caso da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 69 a 230 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural (subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).
Veja as variações aprovadas:
Alta tensão (< 2,3 kV) - 8,12%
Baixa tensão (< 2,3 kV) - 6,56%
Média (Baixa tensão e alta tensão) - 7,07%
Ao calcular o reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.
Risco de racionamento. O período chuvoso acabou junto com março e, para especialistas, é preciso racionar energia nos próximos meses para garantir a segurança do sistema. No domingo (5), os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), que concentram 70% da capacidade de armazenamento do país, estavam com 29,9% de capacidade de armazenamento. No fim de março do ano passado, o nível era de 36,2%.
?Com esse nível, até dá para passar sem racionar, mas não é o recomendado. Vamos ficar muito no limite até o início do próximo período úmido?, diz o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos. Ele explica que, até o fim de abril, o nível deve chegar a 32%, percentual que poderia fazer o governo, mais uma vez, adiar ao racionamento.
?O governo vai tentar passar sem racionamento, porque isso tem um peso muito grande?, diz. A decisão, porém, deve expor o sistema elétrico e aumentar a instabilidade.
A opinião é a mesma do consultor da LPS Energia, Fernando Umbria. ?Sem reduzir o consumo, poderíamos chegar ao próximo período úmido em situação extremamente crítica?, diz. O período chuvoso começa em novembro.
Até lá, sem racionamento, o sistema iria operar muito perto do limite, sem margem de manobra para corrigir qualquer problema. Umbria alerta que, para o consumidor, isso poderá significar picos de luz e até ?apaguinhos?.
?Determinadas áreas do país podem ficar sem energia por horas ou até mesmo dias seguidos?, afirma o consultor.
Aneel autoriza o reajuste de 5,93% na conta de luz
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou o novo valor do reajuste anual autorizado em reunião da diretoria.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou nesta terça-feira (7) a alteração no reajuste tarifário anual da Cemig. Para os consumidores residenciais, o reajuste será de 5,93%.
O novo valor definido mostrou-se bem abaixo do que era esperado pelos especialistas, que era entre 10% e 17%. A alteração deve entrar em vigor já a partir da próxima quarta-feira (8) para 8 milhões de unidades consumidoras localizadas em 805 municípios de Minas Gerais.
Além da mudança na conta de luz residencial, foram definidos os novos valores na cobrança de energia para o setor agropecuário e industrial. Isso é estabelecido a partir da classificação de alta, baixa e média tensão.
No caso da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 69 a 230 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural (subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).
Veja as variações aprovadas:
Alta tensão (< 2,3 kV) – 8,12%
Baixa tensão (< 2,3 kV) – 6,56%
Média (Baixa tensão e alta tensão) – 7,07%
Ao calcular o reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.
Risco de racionamento. O período chuvoso acabou junto com março e, para especialistas, é preciso racionar energia nos próximos meses para garantir a segurança do sistema. No domingo (5), os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), que concentram 70% da capacidade de armazenamento do país, estavam com 29,9% de capacidade de armazenamento. No fim de março do ano passado, o nível era de 36,2%.
“Com esse nível, até dá para passar sem racionar, mas não é o recomendado. Vamos ficar muito no limite até o início do próximo período úmido”, diz o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos. Ele explica que, até o fim de abril, o nível deve chegar a 32%, percentual que poderia fazer o governo, mais uma vez, adiar ao racionamento.
“O governo vai tentar passar sem racionamento, porque isso tem um peso muito grande”, diz. A decisão, porém, deve expor o sistema elétrico e aumentar a instabilidade.
A opinião é a mesma do consultor da LPS Energia, Fernando Umbria. “Sem reduzir o consumo, poderíamos chegar ao próximo período úmido em situação extremamente crítica”, diz. O período chuvoso começa em novembro.
Até lá, sem racionamento, o sistema iria operar muito perto do limite, sem margem de manobra para corrigir qualquer problema. Umbria alerta que, para o consumidor, isso poderá significar picos de luz e até “apaguinhos”.
“Determinadas áreas do país podem ficar sem energia por horas ou até mesmo dias seguidos”, afirma o consultor.
Redação do Jornal Nova Imprensa O Tempo