Puxão de orelhas (I)

Lá no Gabinete do Prefeito, na semana passada, nove vereadores convidados receberam do chefe do Poder Executivo, o merecido (?) puxão de orelhas para que entendessem, de uma vez por todas, que, situação e oposição exigem comportamentos diferenciados quando estão em jogo interesses maiores. Dentre os convidados, cinco vereadores que se apresentam como potenciais candidatos do partido DEM. Assim sendo…

Puxão de orelhas (II)

Na segunda feira (4), quem assistiu a reunião do Legislativo e prestou atenção nas votações dos projetos que desceram a plenário, certamente ficou na dúvida sobre a capacidade dos aliados (?) de entenderem ou não o recado que lhes foi transmitido anteriormente. Um projeto de interesse do governo, o de nº. 424/2020, que altera prazos e trata sobre a Comissão de Licitação do Previfor, foi “gongado” pois obteve apenas três votos favoráveis (Wilse Marques, Piruca e Flávio Couto) e seis contrários (Marcelo Fernandes, Flávio Martins, Joice Alvarenga, Sandrinho da Looping, Cabo Cunha e Sidney Ferreira). 

Voando alto

A vereadora Wilse Marques, após a leitura do voto em separado, junto à Comissão Especial, isto por solicitação do vereador Sandrinho da Looping, justificou seu voto FAVORÁVEL à aprovação do projeto, afirmando com todas as letras que não teve conhecimento do parecer exarado pela Controladora da Câmara Municipal, Mariana Souza, que alertou os vereadores sobre a inconstitucionalidade do projeto que afronta o contido no artigo 51 – da Lei 8666.

Desmentida em público

O presidente da Mesa Diretora, Mauro César, alertado, leu e exibiu mensagem encaminhada pela secretaria da Câmara à vereadora em 13 de abril, contendo o alerta da controladora. Diante disso, de “saia justa”, Wilse acabou reconhecendo o erro ao afirmar que desconhecia tal informação.  

Porém, ainda assim, manteve seu voto em favor da aprovação do referido projeto, apesar de saber que ele afronta a Lei de Licitações 8666.  Errar é humano. Persistir no erro, não, vereadora!

Lei complementar 73  

Mais uma derrota em projeto de interesse do governo. A criação de dois novos cargos pelo Saae acabou frustrada por seis votos contrários e três pela aprovação do referido projeto. Insurgiram-se contra a pretensão os vereadores: Sidney Ferreira, Joice Alvarenga, Sandrinho da Looping, Flávio Martins, Cabo Cunha e Wilse Marques. Esta, mais uma vez, se confundiu e votou contra a aprovação do projeto na primeira votação e a favor na segunda. Com auxílio do presidente, conseguiu retificar (não ratificar) o seu segundo voto, conforme consta da ata. Votou a favor da proposta: Marcelo Fernandes, Piruca e Flávio Couto.

Anistia de débito

 O projeto 434, de autoria da vereadora Joice Alvarenga, autoriza o Executivo a anistiar débitos contraídos por consumidores de baixa renda junto ao Saae – água, esgoto, lixo e limpeza urbana – durante o período da situação de emergência gerada pela Covid-19.  O único voto contrário foi do vereador Sandrinho da Looping que alertou para a possibilidade de veto do prefeito que, se houver, deixará os que votaram a favor em situação difícil. 

Covid-19 – desrespeito à lei

Na segunda feira (4), um cliente do Banco do Brasil relatou que dentro da agência daquele Banco Oficial, os clientes que ali se encontravam, tiveram o desprazer de conviver com um cidadão que, não portando a máscara protetora, ainda deixou escapar um violento espirro, causando verdadeiro pânico na vizinhança. ”Interessante é que a tradicional inspeção feita pelos vigilantes, ao que parece dessa feita, não ocorreu. Quem deveria fiscalizar? a gerência? A Vigilância Sanitária ou a consciência do dito cidadão, se é que ele a possui”,  pergunta o cliente.

Vetos à vista

Bolsonaro anunciou que deverá vetar alguns artigos da lei de socorro aos estados e municípios. Explicou que o congelamento de salários é muito melhor que cortar 25% dos salários, como havia sido sugerido pelo presidente do Congresso, Rodrigo Maia. Detalhe: quem vai pagar a conta será os mesmos de sempre. Por que, ninguém sugere diminuir os penduricalhos e  os altos salários de deputados, governadores, prefeitos, senadores, ministros, gente do alto escalão da Justiça, militares e de outros mais privilegiados? E os lucros dos banqueiros e rentistas, continuarão na mesma? Dizem que a máquina pública é pesada, e é mesmo. Mas só para quem a carrega nas costas, o povão trabalhador, pagador de impostos!

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