Há pouco mais de meio século, uma invenção médica teve grande contribuição para que a mulher, que já lutava por mais espaço e respeito, conquistasse a sua liberdade sexual. A pílula anticoncepcional é uma das responsáveis por permitir que a mulher passasse a controlar sua fertilidade e, com isso, tivesse mais segurança no dia a dia.
Estudo realizado pelo Instituto Guttmacher, organização de saúde sexual dos Estados Unidos, revelou, no ano passado, que 80 milhões de mulheres utilizam a pílula anticoncepcional no mundo. Mas o que poucas sabem é que os anticoncepcionais de última geração têm duas vezes mais risco de ter trombose do que as pílulas mais antigas, vendida desde a década de 1970.
A conclusão é de dois estudos, publicados no último dia 21, feitos com 1,2 milhão de mulheres de 15 a 44 anos. De acordo com especialistas, é consenso que pílulas causam alterações na circulação sanguínea. Mas, dependendo do tipo de hormônio e da dosagem, esses efeitos podem ser maiores.
Segundo a pesquisa, as fórmulas com drospirenona, um derivado da progesterona, trazem mais risco do que as com levonorgestrel, outro derivado do hormônio. O levantamento foi feito por pesquisadores americanos e neozelandeses usando bases de dados dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Quem tem algum fator de risco deve evitar qualquer contraceptivo hormonal e partir para os não hormonais, como o Dispositivo Intra-Uterino (DIU). A trombose causa inchaço, dor e, se o coágulo se desprender, pode levar à embolia pulmonar.
Anticoncepcional pode prejudicar circulação do sangue, segundo pesquisa
Mulheres que tomam os anticoncepcionais de última geração têm duas vezes mais risco de ter trombose do que aquelas que fazem o uso de pílulas mais antigas, vendida desde a década de 1970.