Um dispositivo desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para auxiliar deficientes visuais a identificarem linhas de ônibus será implantado em Ribeirão Preto (SP). A ideia já é realidade em Jaú (SP) desde 2010 e passa por testes também no Rio de Janeiro e Niterói (RJ).
Em Belo Horizonte, ainda não conseguimos fazer os contatos, disse o professor Julio César David Melo, do Laboratório de Sistemas Inteligentes da Escola de Engenharia da UFMG. Segundo ele, as demandas estão sendo atendidas à medida que surgem.
O equipamento – DPS2000 – funciona com um transmissor, que fica com o deficiente visual, e um receptor no veículo. O cego programa o transmissor com as linhas de ônibus de que precisa, ouvindo os números.
No ponto, ele seleciona o ônibus que deseja e o aparelho transmite um código para os veículos com o receptor. Além de os motoristas identificarem o local onde o deficiente visual espera, quando o veículo para, o alto-falante perto da porta da entrada informa o número da linha.
O aparelho foi criado pelo aposentado Dácio Pedro Simões, que presenciou um cego com dificuldades. Simões levou o dispositivo com radiofrequência à UFMG, em 2001, e a ideia foi desenvolvida por Melo.
Na próxima licitação das empresas de ônibus em Ribeirão Preto, os veículos vão ter que oferecer esse sistema, diz o professor.
Aparelho ajuda cegos a identificarem ônibus
O equipamento - DPS2000 - funciona com um transmissor, que fica com o deficiente visual, e um receptor no veículo.