Dois clubes gigantes, protagonistas de uma final de Campeonato Brasileiro no fim dos anos 70 e que, juntos, somam quatro títulos da Copa Libertadores e sete conquistas do Brasileirão. Os encontros de Cruzeiro e Internacional sempre inspiram recordações primorosas e nostálgicas. Entretanto, neste domingo, a grandeza do confronto dividiu atenções com a má fase de ambas as equipes.
No Mineirão, no fechamento do turno do Nacional, o placar evidenciou de fato o atual momento de mineiros e gaúchos: 0 a 0, um futebol decepcionante para o torcedor estrelado que não perdoou ao fim da partida: “vergonha, vergonha. Time sem vergonha”.
Desanimados com a fase atual da Raposa, os torcedores pouco coloriram de azul as arquibancadas, que deixaram o estádio muito cinza. Tanto pelo colorido das inúmeras cadeiras vazias e, ainda, pela falta de qualidade de Cruzeiro e Inter.
Mostrando porque a diretoria azul deve mesmo se preocupar com sua renovação contratual, o goleiro Fábio fez um milagre logo aos 16 min, quando impediu o que parecia um gol certo do tacante Vitinho.
O Inter rodava melhor a bola, enquanto o Cruzeiro tentava acelerar, sem sucesso, o ritmo do jogo. A Raposa abusava dos erros de passes, principalmente com seus jogadores de meio-campo, como Charles e Henrique.
Se faltou futebol por parte da maioria dos cruzeirense no primeiro tempo, um jogador em especial destoou dos demais, positivamente: o meia-atacante Alisson. O camisa 11 participou de todos os lances de perigo do time na etapa inicial. O mais importante deles aos 43 min, quando com uma “puxeta” quase balançou as redes do goleiro colorado.
“Temos que voltar para o segundo tempo agredindo mais o time deles. Precisamos do gol. Até finalizamos, mas não conseguimos surpreender o goleiro deles. Estamos em casa, precisamos do gol”, avaliou o atacante Vinícius Araújo, que saiu de campo ouvindo vaias para todo o time e pedido uníssono de “raça, raça e raça”.
Na tentativa de dar uma sacudida no time, Vanderlei Luxemburgo mudou o time para etapa número dois. O argentino Ariel Cabral entrou na vaga de Charles, enquanto Marinho ocupou a vaga de Marquinhos. O que não surtiu muito efeito. A apatia celeste seguiu ditando o ritmo. E o Inter, que estreou Argel Fucks como novo técnico, até pelos desfalques de peças importantes, como D’Alessandro e Lisandro López, pouco conseguiu fazer também. Empate amargo, mas pior para o Cruzeiro, que não sai da parte de baixo da tabela.
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