De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), o volume útil do Lago de Furnas, que banha os municípios de Capitólio, São João Batista do Glória, Carmo do Rio Claro e São José da Barra, no Sudoeste de Minas, subiu cerca de 3% após as últimas  chuvas registradas nas cidades . O clima é de otimismo para agricultores familiares, piscicultores e para quem vive do turismo.

Era tudo que o produtor precisava nesse momento. A chuva veio na hora certa, porque durante o dia o tempo fica quente, sai um pouco de sol e a noite chove e esse é o tempo ideal para o cultivo. Ao todo, o lago banha 34 cidades.
Conforme a última divulgação feita ONS, o volume útil estava em 14,74% no dia 23 de setembro. Já na quinta-feira (28), chegou a 17,30%. O resultado significou um aumento de 753,8 metros para 754,3 metros.
De domingo (31) para esta segunda-feira (1º), o nível subiu 21cm e o nível do lago é de 755,02, medido nesta data. No último domingo, o dia todo foi de chuva e a previsão é que a mesma se estenda ainda por dias.
Em agosto, o volume de utilidade do Lago de Furnas esteve em 18,2%. O número foi considerado um dos historicamente mais baixos para o mês. Em setembro, a medição diminuiu para 14,74%. O estado crítico em agosto só não é menor do que foi contabilizado no mesmo mês em 2001, quando o Brasil enfrentou um racionamento de energia. Naquela época, o volume útil da represa chegou a 13,72%, caiu para 12,98% em setembro e atingiu 28,03% em dezembro.

Injeção de ânimo

O volume do lago é mensurado ainda pelas nascentes e principais rios que cortam a área. De acordo com o secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Fausto Costa, o mês de outubro significa positividade.

“Tivemos um mês de outubro glorioso em questão de volume de chuva em toda região de Furnas, isso fez com que o lago recuperasse 1,26 metros. Mas o importante nessa recuperação foi a redução na geração de energia na hidrelétrica de  Furnas.  Vamos torcer para que os próximos meses também tenham essa mesma intensidade de chuvas combinada com a redução de vazão nas turbinas para termos uma boa recuperação do nível das águas do Lago dando condições de aproveitamento múltiplo, em especial nas atividades turísticas e da piscicultura”, disse.
Ainda conforme a ONS, em dados gerais, sem avaliar apenas o mês de agosto, o pior registro foi em 1999, quando a represa atingiu 6,28%.

Fonte: Estado de Minas

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