O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, em julgamento nesta quarta-feira (14), a fusão entre a TAM e a empresa aérea chilena LAN, que cria a Latam, maior companhia aérea da América Lantina.
Os conselheiros aprovaram ainda duas medidas para evitar concentração de mercado pela nova empresa.
A primeira delas é que a Latam será obrigada a repassar a concorrentes dois horários diários de voo entre São Paulo (aeroporto de Guarulhos) e Santiago, no Chile. Esses voos devem ser em horário comercialmente interessante e devem ser repassados a empresa interessada em operar na rota. Segundo o relator do processo, Olavo Chinaglia, o remédio é necessário porque a empresa teria 80% dos voos nessa rota. Além disso, apenas TAM e LAN fazem hoje voos diretos entre as duas cidades.
A outra medida é que a Latam poderá ser membro de apenas uma aliança internacional de empresas aéreas. Hoje, a TAM pertence à Star Alliance, e a LAN, à Oneworld. De acordo com o Cade, a manutenção da Latam nos dois acordos ? que permitem compartilhamento de voos e aumento do número de rotas disponíveis ?, poderia dificultar a concorrência no setor aéreo.
O plano de fusão foi anunciado em agosto pelas duas empresas. No mesmo mês, o negócio foi analisado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, e pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), ligada ao Ministério da Justiça, que recomendaram ao Cade a sua aprovação sem restrições.
O acordo já havia sido aprovado, com ressalvas, pelo tribunal antitruste do Chile. Entre as condições impostas pelo tribunal está a renúncia pelas empresas de pelo menos uma das alianças globais de companhias aéreas que participam.

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