A arquiteta Ana Carolina de Oliveira Veloso, filha do prefeito Aluísio Veloso e de Zélia Veloso, disputou o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, sendo a vencedora da premiação, que contou com vários projetos de todo o Brasil. O prêmio é realizado anualmente pelas estatais Eletrobrás, no âmbito do Programa Nacional de Conservação e Energia (PROCEL) e da Petrobrás, dentro do Programa Nacional de Conservação do Uso dos Derivados de Petróleo e Gás Natural (CONPET).
Instituída desde 1993 pelo Ministério das Minas e Energia, o prêmio visa o reconhecimento de representantes de diversos segmentos da sociedade que se destacam no desenvolvimento de projetos para o uso racional e eficiente de energia no país.
O ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, além de diretores da Eletrobrás, e da Petrobrás entregaram o prêmio a Ana Carolina Veloso e aos demais premiados. A premiação ocorreu nesta quinta-feira (26), às 15h, no salão de convenções do Hotel Nacional, em Brasília.
A formiguense concorreu com o Projeto Final de Graduação pela Escola de Arquitetura da UFMG: Fundição da Cultura – Escola de Teatro, Dança e Música de Formiga – MG, que abrigará a Escola Municipal de Música Eunézimo Lima (EMMEL) e o Centro Municipal de Teatro (CEMUTE).
Com o projeto, foi possível certificar a edificação de acordo com o Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética em Edificações, lançado no Brasil em julho de 2009, recebendo o Selo A. Esse Selo é o mesmo utilizado em eletrodomésticos que, a partir deste ano, também será dado para edificações e veículos. Isso mostra que, com um bom projeto, se consegue economizar energia e diminuir os impactos causados ao meio ambiente.
O projeto da formiguense
A arquiteta formiguense Ana Carolina de Oliveira Veloso venceu o prêmio na modalidade estudante, com o projeto intitulado Fundição da Cultura – Escola de Música, Teatro e Dança de Formiga. Trata-se de um planejamento para o Centro Cultural de Música, Teatro e Dança da cidade de Formiga, que deverá ser instalado no prédio da antiga fundição da cidade, que hoje está totalmente abandonado.
Com uma área de aproximadamente 2.330 metros quadrados, a proposta é oferecer um espaço mais equipado para atender a uma demanda de cerca de 900 alunos de duas escolas, de música e teatro/dança, mantidas pela Prefeitura, bem como proporcionar aos usuários uma melhor qualidade de ensino e expansão das modalidades oferecidas.
Para um máximo aproveitamento do terreno, a implantação foi dividida em duas partes: uma pública, contendo o auditório e uma praça coberta, que serve de corredor/foyer; e outra privada, que consiste em uma edificação em três níveis que engloba as escolas de música, teatro e dança. A integração das duas partes se dá por meio de outra praça com um café ao fundo, a ser utilizado como um grande local de confraternização e encontro. Também foi previsto um estacionamento no subsolo.
As soluções do projeto foram resultantes da abordagem de alguns aspectos de sustentabilidade relativos ao desempenho ambiental, social e econômico, a partir dos quais foram definidos alguns pontos que nortearam o trabalho. Quanto ao desempenho ambiental, foram considerados diversos fatores como: a orientação solar adequada, captação dos ventos e ventilação cruzada, aproveitamento da luz natural, desempenho térmico dos materiais de construção, proteção da insolação direta e o uso de materiais de menor impacto ambiental.
Além disso, foi realizada a avaliação do nível de eficiência energética da edificação de acordo com os requisitos estabelecidos pelo Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética das Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (RTQ-C), tendo sido obtida classificação final A (mais eficiente) para a edificação como um todo.

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