As Assembleias Legislativas do país vão contar já em 2011 com deputados mais ricos e mais instruídos.
De acordo com levantamento com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que houve um aumento no patrimônio médio dos deputados estaduais e distritais eleitos, de R$ 965 mil para R$ 1,039 milhão.
Além disso, haverá mais milionários nas Casas: 297. Nas eleições passadas, foram eleitos 205 com patrimônio superior a R$ 1 milhão; 114 em 2002.
Os dados revelam uma elitização cada vez maior dos Legislativos estaduais. Enquanto o número de empresários permanece estável (o que denota uma maior participação deles na vida política), vem caindo o número de profissionais liberais.
Antes maioria nas Assembleias, médicos e advogados têm perdido espaço. Neste ano, são 69 advogados e 45 médicos eleitos, contra 79 de cada uma das profissões em 2006. Em 2002, eram 114 e 92, respectivamente.
Os políticos ?profissionais? não param de crescer. Neste ano, são 487 se declarando ?vereador?, ?senador? ou ?deputado?. Em 2002, só 160 colocaram essa ocupação como principal.
As Casas também estarão um pouco mais envelhecidas na próxima legislatura. A idade média é 48 anos (um ano a mais que na passada). A participação das mulheres será maior, mas não expressiva. São 136 eleitas (superando as 118 do último pleito). Mas os homens ainda serão maioria (923).
O número de políticos com ensino superior completo também têm crescido. Serão 739 na próxima legislatura (70% do total).
Milionários
O deputado estadual mais rico do país é Jayro Lessa (DEM-MG), com R$ 40 milhões. Uma mulher aparece logo atrás: Cleide Coutinho (PSB-MA), com R$ 26,9 milhões.
Juntos, os eleitos declaram à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 1,1 bilhão.
Minas Gerais é o estado com o maior número de milionários, com 37. São Paulo aparece em segundo, com 32. O Paraná tem 25.
Em relação às bancadas, o PMDB é o que mais tem deputados com mais de R$ 1 milhão: 54. Já o PSDB possui 52, e o DEM, 40.
O PT, que mais eleitos fez, só tem 16 milionários entre os 149 novos deputados.
No outro extremo, 63 deputados eleitos dizem não ter nem um bem sequer.

COMPATILHAR: