Médicos de todo o país suspenderam por 24 horas, nesta quinta-feira (7), o atendimento a pacientes de operadoras de planos de saúde. Pacientes que marcaram consultas e procedimentos eletivos não serão atendidos. Somente casos de emergência serão tratados.
Em Formiga, a Associação Médica, composta por 70 profissionais, também aderiu ao movimento, conforme informou o presidente da entidade, Reginaldo Henrique dos Santos. Segundo ele, há uma defasagem nos valores repassados pelas empresas de saúde aos médicos. A reivindicação deles é de que haja um reajuste na tabela no pagamento feito pelos planos de saúde.
O protesto foi organizado pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
O diretor da Associação Médica Brasileira, Florisval Meimão, explicou que a Agência Nacional de Saúde verificou que, em dez anos, o índice de reajuste nas mensalidades cobradas pelos planos foi de 150%. Já o valor repassado para os médicos ficou em 60%. A agência chegou a fazer uma instrução normativa em que solicitava aos convênios explicar com clareza nos contratos com os médicos qual seria a periodicidade do reajuste, mas as empresas não obedeceram.
?Em São Paulo, há convênio que paga R$25 por consulta, mas a média varia de R$35 a R$40. O ideal seria pelo menos R$60. Não queremos exigir que as empresas pulem de R$25 para R$60 em um primeiro momento, pois sabemos que não seria possível passar de uma situação para outra sem quebrar e não é esse nosso objetivo?, afirmou Florisval Meimão.

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