O Atlético anunciou a captação de R$ 60 milhões para reperfilamento de dívidas. A informação foi divulgada no LinkedIn oficial do clube. Os recursos foram captados por meio de um procedimento chamado emissão de debêntures.

Debêntures são títulos de dívida de uma empresa, documentos que atestam o débito. Basicamente, a emissão de debêntures se resume a ‘vender’ o título da dívida a um credor para, depois, pagá-lo de volta com juros. Na prática, o credor empresta dinheiro para quem emite o debênture para, depois, lucrar com os juros.

O Atlético anunciou a emissão dos debêntures em setembro do ano passado. Inicialmente, o valor pretendido para arrecadação era de R$ 105.000.000. Foi a primeira vez em que uma SAF no Brasil realizou esse procedimento.

“A operação de R$ 60 milhões marcou um novo capítulo no mercado financeiro esportivo nacional e contorno com a assessoria financeira da JGP Financial Advisory, especializada em Fusões e Aquisições (M&A), Crédito e Produtos Estruturados”, informou o clube, em comunicado no LinkedIn.

Segundo o clube, o objetivo da captação dos recursos é fazer o reperfilamento da dívida, que significa reestruturar o débito, reorganizando prazos e adequando o pagamento às condições financeiras do clube.

Os recursos serão destinados integralmente ao reperfilamento da dívida do Clube, o que evidencia o comprometimento e a confiança do mercado na gestão profissionalizada da SAF do Galo. A operação foi coordenada pela Ativa Investimentos e teve assessoria jurídica do escritório Souto Correa Advogados”, concluiu o Atlético.

Em conversa com a reportagem de O TEMPO Sports, o diretor financeiro do Atlético, Thiago Maia, explica que o procedimento é comum no futebol. “Pegamos com uma instituição e pagamos outra. É quase que rotina, mas debêntures é diferente. É no mercado de capitais, totalmente legal“, esclarece.

Maia esclarece que o procedimento foi feito para pagar empréstimos bancários que estão vencendo, trocando-os por uma nova dívida no mesmo valor. O gestor não dá um prazo para que o Galo dê fim a essas medidas e projeta que elas serão necessárias por muito tempo.

A palavra de ordem é não aumentar dívida, mas para gerarmos resultado operacional suficiente para reduzir o endividamento, vai alguns anos, a menos que exista aportes“, pontuou.

 

Fonte: Por Bruno Daniel-O Tempo

 

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