O destino guardou um gol em final de campeonato para Jô encerrar o jejum de mais de um ano. O destino guardou para o Atlético a taça do Campeonato Mineiro. O Galo derrotou a Caldense por 2 a 1, na tarde deste domingo, em Varginha, na decisão do Estadual. Thiago Ribeiro abriu o placar. Luiz Eduardo empatou, placar que daria o troféu à Veterana. Mas Jô, momentos depois de entrar em campo, voltou a brilhar. Marcou o gol que pôs fim à ?seca? e valeu o troféu.
A Caldense, que fez brilhante campanha, a melhor equipe da fase de classificação, reclamou muito de impedimento de Jô, que estava um pouco adiantado no lance. No fim da partida, jogadores e integrantes da comissão técnica partiram para cima da arbitragem. A Polícia Militar precisou proteger os árbitros. Do outro lado, festa alvinegra.
O Jogo
A Caldense mostrou em campo os méritos que teve para chegar à final. Encarou o Atlético de igual para igual, como já havia feito na partida de ida. Defesa firme, a melhor do campeonato. Meio-campo marcador. E um ataque que buscou o gol. Quem esperava o Galo mandando no jogo, se surpreendeu com a Veterana. O Atlético precisou lutar, suar a camisa.
Não teve bola perdida. Não teve um minuto de relaxamento. Foi uma partida muito disputada, com as duas equipes reclamando pênaltis não marcados.
A cada ataque desperdiçado, Caldense, jogadores e torcida, não desanimavam. Renovavam o sonho da taça. Aos 10 minutos, com Tiago Azulão chutou e a bola passou na cara do gol. Aos 23, foi a vez de Zámbi finalizar com perigo. No minuto seguinte, Paulão, de cabeça, não marcou por centímetros. Aos 29, foi a trave que evitou o gol de Azulão.
Do lado atleticano, foi um primeiro tempo mais uma vez irregular, com dificuldades para organizar as jogadas. Depois de alguns chutes de fora da área, o Galo teve duas boas oportunidades. Aos 28 minutos, Leonardo Silva, por pouco, não marcou de cabeça. Aos 43, Luan cabeceou, mas o desvio no zagueiro e, em seguida, na trave, evitaram o gol.
Na etapa final, Levir Culpi apostou tudo. Tirou o volante Leandro Donizete e o atacante Carlos para as entradas do meia Giovanni Augusto e do atacante Thiago Ribeiro. No primeiro lance, Giovanni Augusto, que estreou em 2015, depois de acionar o clube na Justiça do Trabalho e agora retirar a ação, quase marcou, mas o toque na saída do goleiro não foi na direção da meta adversária.
Mas foi a outra aposta de Levir que assinou o gol atleticano. Aos 10 minutos, depois da cobrança falta de lateral de Marcos Rocha, Lucas Pratto tocou e Thiago Ribeiro mandou para as redes: 1 a 0, encerrado uma invencibilidade de oito jogos da defesa da Caldense.
Mais uma vez, quem pensou que a Veterana sentiria o golpe, se enganou. Quatro minutos depois, Rafael Estevam cobrou falta, a bola desviou em Luiz Eduardo e Victor não segurou. Na sobra, o próprio Luiz Eduardo empatou: 1 a 1.
O Atlético foi para o ataque. Aos 18 minutos, Luan rolou para a entrada da pequena área e Dátolo teve a finalização abafada pelo goleiro. Aos 23, o ?maluquinho? alvinegro quase fez de cabeça.
A cartada final de Levir Culpi foi Jô, no lugar do lateral Douglas Santos, aos 30 minutos. O atacante teve a chance aos 31, mas chutou em cima do goleiro. Em seguida, o destino colocou Jô como o autor do gol do título. Depois do cruzamento de Luan, ele completou para as redes: 2 a 1. Jô estava um pouco adiantado, em posição irregular, mas de difícil marcação. Os jogadores da Caldense reclamaram muito do lance.
A Caldense ainda deu um susto no atleticanos. Aos 42 minutos, Léo cabeceou e a bola saiu pela linha de fundo. Fim de jogo. Atlético campeão mineiro.