Considerando que o benefício do programa Refis “Em dia com Formiga”, ainda está em vigor e que, com ele, o débito de cerca de R$333 mil poderá ser parcelado em muitos meses, a atual direção da Santa Casa, agendou para a manhã desta quarta-feira (16), uma reunião com a secretária de Fazenda, Maria Cristina de Oliveira. O intuito era de, em comum acordo, as partes estabelecerem um cronograma para o recebimento das parcelas já vencidas dos débitos da Prefeitura com a entidade.
Atendendo ao convite do Interventor Judicial da Santa Casa, Waltercídes Montijo, o editor do portal, compareceu na sede da Prefeitura, no horário determinado. Waltercídes estava acompanhado do advogado Wendel Monteiro, do diretor geral da Santa Casa José Orlando Reis e do tesoureiro da instituição Dirceu Bueno da Fonseca, aguardando que a secretária os recebesse.
Porém, o secretário de Comunicação Flávio Roberto informou que provavelmente teria havido um erro de comunicação entre as partes, de vez que a secretária não estava ciente do agendamento da “tal reunião”. Assim sendo, disse o secretário: “quem poderia atendê-los para tratar destes assuntos seria o chefe de Gabinete, José Terra de Oliveira Júnior (Terrinha), que infelizmente não se encontra na casa neste momento. Vou tentar um novo agendamento com ele, e comunico aos senhores”.
A informação não agradou e o diretor geral da Santa Casa, José Orlando foi taxativo: “sem dinheiro, tenho que parar aquilo lá, suspendo já o atendimento. Não é possível uma coisa destas (…).” Com a resposta do secretário de Comunicação, alegando que, provavelmente, a secretária da Santa Casa, talvez tivesse agendado a reunião com outra pessoa, Waltercídes, ao perceber que o rumo da conversa poderia resultar em um desentendimento maior entre as partes; e naturalmente preocupado em encontrar uma solução pacífica e mais razoável, interveio no diálogo e concordou com a proposta de um futuro agendamento, desde que isto se desse a curtíssimo prazo, pois, “a situação está crítica”, disse ele.
Ânimos serenados, uma cópia do levantamento do “a receber” foi entregue ao secretário de Comunicação que, mais uma vez informou aos seus interlocutores que não podia decidir nada, já que ali se encontrava apenas intermediando uma solução para o impasse criado, já que sem o conhecimento da secretária sobre o assunto a ser tratado e ainda mais sem a presença de quem de fato decide (Terrinha) e dos procuradores municipais, a reunião não ocorreria. Lembrou que, se dentre os valores a receber, constam inclusive, os pactuados entre as partes em acordo judicial celebrado anteriormente, a presença de um representante da procuradoria seria indispensável.
Houve o consenso de que o aperto financeiro que atinge a Santa Casa também é realidade na Prefeitura, mas que, certamente, por razões mais que conhecidas, a busca de solução seria encarada com prioridade.
Confira a planilha dos valores a receber, apresentada pela Santa Casa.
Redação do Jornal Nova Imprensa