O avanço da vacinação contra a Covid-19 em Minas resultou em 15 vezes menos mortes na comparação com abril, quando foi registrado o maior pico da doença neste ano. Apesar dos bons resultados, especialistas alertam: não é momento de descuido, principalmente com o surgimento de uma nova variante do vírus – Ômicron – que já levou vários países a adotar medidas restritivas.

Em abril deste ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) contabilizou 8,8 mil óbitos pelo coronavírus. Até nessa segunda-feira (29), segundo o boletim epidemiológico, foram 572 vidas perdidas em novembro em território mineiro. Ao todo, Minas já computou mais de 2,2 milhões de casos e 56 mil vítimas da enfermidade.

De acordo com Unaí Tupinambás, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid de Belo Horizonte, a queda brusca da mortalidade está diretamente relacionada ao aumento da cobertura vacinal. Na capital, toda a população com mais de 12 anos já foi convocada para receber ao menos a primeira dose da proteção há pelo menos 50 dias. Para amanhã está prevista a conclusão da imunização dos adolescentes.

Mesmo diante dos números favoráveis, o especialista avalia que não é hora para abandonar as medidas sanitárias. “Temos visto o recrudescimento da pandemia na Europa, nos Estados Unidos e o surgimento dessa nova variante. Então isso tudo pode impactar no controle. Quanto mais resistirmos no uso da máscara e ampliar a vacinação, mais rápido vamos sair desse atoleiro”, afirmou.

Nova cepa em BH?

A nova mutação do Coronavírus deixou as autoridades de saúde da capital em alerta. Uma mulher de 33 anos, não vacinada, está internada desde domingo (28) após teste positivo para a Covid, dias depois de uma viagem à África, continente apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como origem da variante Ômicron. 

A paciente passou pelo Congo, depois esteve na Turquia e chegou à cidade no último dia 20, após escala em São Paulo. Foi encaminhada ao Hospital Eduardo de Menezes, no Barreiro, onde permanece isolada. A Fundação Ezequiel Dias fará o sequenciamento genético do material coletado. 

Segundo a SES, os protocolos nos aeroportos são estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A secretaria afirmou, ainda, que realiza o monitoramento de todos os infectados vindos de outros países, e que dentro do território cabe às prefeituras a criação de barreiras sanitárias.
Conforme Unaí, é necessário que toda a população mundial seja imunizada para evitar o surgimento de novas cepas do Coronavírus. “Se não vacinarmos todo mundo, não vamos ter sossego. Ou salvamos todo mundo ou não salvamos ninguém”, explicou.

Fonte: Hoje em Dia

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