A Backer anunciou nesta terça-feira (11), por meio de seu perfil no Instagram, que vai retomar a fabricação e comercialização da cerveja Capitão Senra. O retorno das atividades vai ocorrer um ano e cinco meses após o surgimento dos primeiros casos de contaminação por dietilenoglicol da cervejaria Backer, que provocou a morte de 10 mortos e causou sequelas graves em ao menos outras 16.

No texto em que faz o anúncio do retorno da produção, a empresa diz que a retomada é importante para honrar os compromissos financeiros. “A Cervejaria Três Lobos Ltda. tem pautado sua atuação na estrita observância das normas e no cumprimento das decisões administrativas e judicias. Nesse sentido, voltará a comercializar a cerveja Capitão Senra, iniciativa fundamental para a manutenção do emprego de seus colaboradores e para honrar seus compromissos”.

Entenda o caso

O caso Backer teve início em janeiro de 2019 após uma série de denúncias de parentes das vítimas que procuraram a Polícia Civil após o adoecimento de seus familiares logo depois de fazerem o consumo da cerveja. 

Para investigar o caso, uma força-tarefa composta pela Polícia Civil de Minas Gerais, pelo Ministério Público de Minas Gerais, pela e Secretaria Estado de Saúde e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi instituída. Durante os levantamentos do caso, o Mapa chegou a interditar a fábrica da cervejaria mineira.  

Ainda ao longo da investigação, a Polícia Civil identificou que a substância era colocada por um funcionário em um tanque, que tinha um furo e, dessa forma, o produto vazava e contaminava a cerveja. A contaminação por mono e dietilenoglicol, substâncias tóxicas usadas no resfriamento da cerveja, contrariava as instruções do próprio fabricante do equipamento.

Com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil de Minas Gerais indiciou 11 pessoas da cervejaria Backer por lesão corporal, homicídio e intoxicação. 

Fonte: Itatiaia

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