Paulo Coelho – Redação UN

Moradores da região do populoso bairro Balbino Ribeiro estão indignados com o comportamento da empreiteira Effes Engenharia, vencedora da licitação que visou a pavimentação asfáltica em CBUQ  e a drenagem pluvial de ruas naquela região.

A obra licitada contou com verba repassada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e parte bancada por contrapartida pelo próprio município, tendo sido orçada em R$ 374.623,73 com inicio previsto em 01/09/2020.

O que diz a  Prefeitura

Em busca de informações junto à Secretaria de Obras, o portal apurou  que durante a execução da obra,  os fiscais da Prefeitura constataram uma série de inconformidades com o previsto  no contrato celebrado entre as partes e advertiram a empresa, através de notificações, relatando dentre outras as seguintes irregularidades:

Na data de 08/10/2020, em visita técnica realizada pela fiscalização de obras, verificou-se que, na Rua Bromélia e Av. Silvio Rocha, no bairro Balbino Ribeiro, as valas para colocação de manilhas de drenagem encontram-se abertas. Ocorre que em breve se iniciará o período chuvoso, como pode ser constatado na seguinte previsão:

10/10/2020 – 5 mm, 11/10/2020 – 5 mm, 12/10/2020 – 5 mm, 13/10/2020 – 17 mm, 14/10/2020 – 6 mm, 15/10/2020 – 9 mm.

“Desta forma, solicitamos urgentemente a conclusão dos serviços de drenagem, executando o fechamento da vala compactada e deixando saída de chuva a fim de evitar transtorno aos moradores”.

Em 29 de outubro de 2020, a Secretaria de Obras e Trânsito comunicou à empresa que havia recebido uma denúncia da obra supracitada, onde foram relatados os seguintes fatos:

* Má execução dos serviços;

* Falta de rejunte no encontro das manilhas de drenagem;

* Falta de compactação.

Na mesma notificação advertiu que os serviços deveriam ser executados atendendo normas técnicas e aos anexos do edital e concluiu afirmando: “Desta forma, solicitamos URGENTEMENTE a correta execução dos serviços, sendo assim, solicitamos a reparação para a referida obra no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar do recebimento desta notificação, sob pena de aplicação das sanções legais cabíveis ao caso” .

A realidade

A empresa, infelizmente, ao que se constatou, parece não ter levado a sério as recomendações do município e, decorridos mais de 20 dias após a última notificação a ela endereçada, a situação (conforme demonstram as fotos) é precária em razão do aumento da intensidade das chuvas nos últimos dias. O canteiro de obras tornou-se um local repleto de crateras, com muito barro, canalizações de água e esgoto apresentando vazamentos e, ruas intransitáveis como o que ocorre na rua Bromélia.

No sábado (21), o caminhão coletor de lixo ficou atolado por algumas horas, com o afundamento do pavimento da via pública e para sua retirada foi necessária a ajuda de  um caminhão guincho, obviamente, custeado pelo município.  

Na manhã desta terça-feira (24), a história se repetiu e o coletor mais uma vez ficou “afundado” no pavimento, que cedeu em outro ponto.  Mais uma vez, além do prejuízo que o atraso na coleta acarretou, o município arcou com os custos do aluguel de guincho.   

Até as 15h, quando esta matéria foi concluída, na referida obra,  não foi encontrado nenhum equipamento, maquinário ou funcionário da empresa, indicando que a mesma estivesse buscando, ao menos,  minorar o problema vivido pelos que precisam transitar por aquele local e sequer houve interdição da área com o intuito de se prevenir contra acidentes.

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