O Banco do Brasil anunciou ter registrado lucro líquido de R$ 7,47 bilhões no segundo trimestre – alta de 148,4% frente a 2012, impulsionado pela venda de ações de sua área de previdência, seguros e capitalização. Nos primeiros três meses de 2013, o lucro havia sido de R$ 2,557 bilhões.
Nos primeiros seis meses do ano, os ganhos do Banco do Brasil somaram R$ 10 bilhões, de acordo com a instituição financeira.
Os índices de inadimplência do Banco do Brasil se mantiveram em queda, de acordo com a instituição. Em junho, o índice de operações vencidas há mais de 90 dias representou 1,87% da carteira de crédito, abaixo dos 2% registrados em março.
Os ativos do Banco do Brasil atingiram R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre de 2013 – crescimento de 15,5% em 12 meses, favorecido principalmente, de acordo com o banco, pela expansão da carteira de crédito.
A carteira de crédito ampliada alcançou R$ 638,6 bilhões em junho – avanço de 25,7% em 12 meses e de 7,7% em relação ao trimestre anterior.
Apesar de números fortes no crédito e baixa inadimplência, o banco teve menor margem financeira líquida no período. O indicador caiu 5,8% ante o ano anterior, para R$ 7,47 bilhões de reais. Outro dado negativo foi o resultado de tesouraria, que caiu 16,2% ante o mesmo trimestre do ano passado, para R$ 2,45 bilhões.
As despesas com provisões para calotes cresceram 14,8% na comparação com o mesmo período de 2012, para R$ 4,22 bilhões. Segundo o banco, as provisões aumentaram devido ao aumento da carteira de crédito e do maior montante de recuperação de perdas no segundo trimestre.
Mantendo tendência iniciada em meados de 2012, o banco expandiu suas operações de crédito no segundo trimestre. A carteira de crédito ampliada somou 638,63 bilhões de reais, alta de 25,7 por cento ante mesmo período do ano anterior. Na comparação com os três primeiros meses de 2013, o avanço foi de 7,7 por cento.
Previsões
Enquanto os bancos privados têm cortado suas previsões de crescimento do crédito para o ano, o Banco do Brasil elevou a estimativa para sua carteira no país de 16% a 20%, para 17% a 21% em 2013.
A mudança foi motivada por melhores previsões no crédito pessoa jurídica e para o agronegócio. Para empresas, o crescimento previsto de 16 a 20% subiu para 18 a 22%; para o agronegócio, o indicador passou de 13 a 17% para 22 a 26%.
No segmento de pessoa física, o avanço do crédito deve ser abaixo do esperado anteriormente, e a previsão passou de 18 a 22% para 16 a 20%.
A margem financeira bruta deve ficar em 4 a 7% neste ano, abaixo da estimativa anterior de 7 a 10%. As despesas com provisões para calotes sobre a carteira devem ficar entre 2,7% e 3,1%, abaixo da previsão anterior de 3 a 3,4%.
Já os gastos administrativos devem crescer 5% a 8%, abaixo da faixa inicialmente esperada, de 7 a 10%.
Acionistas
A remuneração aos acionistas do Banco do Brasil no primeiro semestre de 2013 atingiu R$ 4,01 bilhões – valor equivalente a 40% do lucro líquido, sendo R$ 1,56 bilhão na forma de juros sobre capital próprio e R$ 2,46 bilhões em dividendos. O valor por ação alcançou R$ 1,41.

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