Em tempos de desemprego nunca antes visto neste país, lidar com as frustrações no trabalho é uma matéria mais que atual. Uma pesquisa da Universidade de Michigan mostrou que a atitude positiva de um líder tem impacto na produtividade, no número de faltas e no comprometimento. O estudo mostrou que quem tem um líder positivo também costuma ir além das suas funções e tem uma vida familiar mais satisfatória.

Os pesquisadores Kim Cameron e Wayne Baker da Escola de Negócios Ross, da U.M., e seus colaboradores Brad Owens, da Universidade Brigham Young, e Dana Sumpter, da Universidade Estadual da Califórnia, em Long Beach, mediram a Energia Relacional, a energia que alguém passa a ter quando interage com pessoas que a fazem sentir-se bem após um tempo juntos, nas organizações.

Descobriram que a produtividade do funcionário, o engajamento, a retenção das tarefas, a assiduidade, a propensão a ajudar uns aos outros e a se voluntariarem para tarefas fora de suas atribuições é proporcional à Energia Relacional do líder. E o mais interessante é que, apesar de ignorado nas empresas, é um importante indicador de sucesso.

O estudo confirma outros que já verificaram que as pessoas que recebem essa “energia positiva” no trabalho também têm mais qualidade de vida em casa, isso porque, quando interagimos com pessoas, algumas nos inspiram, outras nos derrubam.

Outra pesquisa da mesma Universidade de Michigan, liderada pelo professor de Estratégia da Escola de Negócios Ross da U.M., Jim Westphal, mostrou como se dá a progressão na carreira de negócios.

Muita gente pensa que para alcançar uma boa colocação profissional, ou um cargo superior, ou uma vaga no conselho da empresa, depende totalmente de quem você conhece, em outras palavras, de bajular chefias, ou ser puxa-saco.

Um dos obstáculos mais difíceis para ganhar influência com os colegas de maior “status” é o chamado “dilema dos puxa-sacos”, pois os funcionários de alto escalão estão em alerta contra os aduladores e a bajulação insincera.

A pesquisa revelou que as pessoas que são mais bem sucedidas, como diretores corporativos são vistos como sinceros em suas interações com colegas e patrões. Os profissionais mais bem sucedidos são estratégicos e tendem a não forçar uma situação ou insistir em opiniões divergentes.

Os pesquisadores entrevistaram diretores corporativos antes e depois de interações sociais com seus funcionários, medindo a opinião deles sobre o que eles tinham em comum com os colegas, ou o quanto evitavam falar sobre as diferenças entre eles. As pessoas que foram bem sucedidas, recebendo nomeações para comissões influentes, foram as mais propensas a mostrar empatia sincera nos assuntos gerais. Essa postura resultou em aumento de admiração e apreciação por seus superiores.

E para aqueles que andam angustiados e dormindo mal, a solução pode ser tirar uma soneca. A pesquisa encabeçada por Jennifer Goldschmied, da U.M., observou que aqueles pesquisados que cochilaram durante as tarefas, perseveraram mais tempo tentando resolver uma tarefa difícil do que os que não descansaram e também sentiram-se menos impulsivos. A soneca também pode ser uma estratégia para aumentar a segurança no trabalho e tornar os funcionários mais produtivos. “Siesta” para o Brasil, principalmente no verão.

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