O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) embarca neste domingo (19) para Nova York, acompanhado de uma comitiva de 18 pessoas entre ministros, familiares e convidados, para participar da abertura da 76ª sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira. Sem a divulgação do discurso oficial, o presidente deu algumas pistas do que pode dizer no terceiro discurso que fará no evento anual.

O presidente que vai ao evento sem se vacinar e por isso terá sua circulação restrita na cidade, disse a apoiadores que levará “verdades” e mostrará o que o Brasil “representa verdadeiramente para o mundo”. Prometeu ainda levar para o mundo a questão do marco temporal da demarcação de terras indígenas, que está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

A perspectiva é que Bolsonaro apresente sua crítica à possibilidade de a tese do marco temporal, que estabelece a data da promulgação da Constituição de 1988 como baliza para a definição de terras indígenas, ser derrubada pela Justiça. Vai levar para a ONU uma questão que chama a atenção do mundo, por envolver os povos indígenas, e com chances de não ter apoio de outras nações, ou mesmo do organismo. O tema do evento, “Construindo resiliência por meio da esperança – para se recuperar de Covid-19, reconstruir a sustentabilidade, responder às necessidades do planeta, respeitar os direitos das pessoas e revitalizar as Nações Unidas”, sugere que pode haver polêmica.

Fonte: Estado de Minas

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