O Ministério da Saúde anunciou nessa segunda-feira (1º) que o Brasil eliminou a transmissão vertical do HIV — aquela que ocorre da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.
Segundo dados oficiais, em 2024 o país manteve a taxa de transmissão abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças em menos de 0,5 caso por mil nascidos vivos. Houve ainda redução de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%, diminuindo o risco de transmissão nos primeiros meses de vida. A cobertura de pré-natal, testagem e tratamento às gestantes atingiu 95%, índice compatível com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Queda na mortalidade e nos casos de aids
O boletim epidemiológico divulgado pelo ministério também apontou queda de 13% nos óbitos por aids entre 2023 e 2024, passando de pouco mais de 10 mil para 9,1 mil. Trata-se do menor número registrado em 32 anos.
“Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Os casos de aids também apresentaram redução de 1,5% no período, caindo de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil em 2024.
Metas globais
Com os avanços, o Brasil se aproxima das metas internacionais 95-95-95, que estabelecem que 95% das pessoas vivendo com HIV tenham acesso ao diagnóstico, 95% estejam em tratamento e 95% dos pacientes tratados alcancem supressão viral.
Com informações do Metrópoles









