O Brasil caiu quatro posições no ranking divulgado ontem pela ONG Transparência Internacional que mediu a percepção da corrupção em 2011 e agora ocupa a 73ª colocação entre 183 países avaliados, com a nota 3,7. Quanto mais próximo do topo da lista e da nota dez, menor é a sensação de que o país é corrupto.
Embora tenha despencado no ranking, o Brasil melhorou ligeiramente sua nota, que passou a ser 3,8 este ano.
A queda no índice se explica pela melhora mais acentuada de outros países no último ano e pela entrada de outros na medição, como as Bahamas e Santa Lúcia, cuja colocação no ranking é melhor que a brasileira.
No topo da lista ficou a Nova Zelândia, com 9,5. Dinamarca e Finlândia aparecem logo em seguida, com 9,4. A percepção de que o país é corrupto é maior na Coreia do Norte e na Somália, já que ambos ficaram na lanterna, com a nota 1. Dois terços dos países classificados apresentaram nota menor que 5.
O Chile é o país da América Latina melhor colocado no ranking, aparecendo no 22º lugar. Com nota 7,2, ficou à frente de países desenvolvidos como Estados Unidos (24º) e França (25º). O Uruguai ficou a mesma nota 7 obtida pelo país de Nicolas Sarkozy, compartilhando a mesma posição na lista. Argentina (100ª), Equador (120ª) e Paraguai (154ª) ficaram com notas iguais ou menores que 3.
O ano de 2011 viu o movimento por uma maior transparência tomar um momento irreversível, à medida que cidadãos ao redor do mundo exigem responsabilidades e transparência dos seus governos. Os países com altas notas mostram que, com o tempo, os esforços para melhorar a transparência podem se mantidos, bem-sucedidos e beneficiar seu povo, afirmou o diretor executivo da Transparência Internacional, Cobus de Swardt.
Para o mexicano Alejandro Salas, diretor da ONG para as Américas, a situação do Brasil é estável e deve servir como alerta para o país avançar no ranking, já que a nota brasileira ainda reflete uma grande percepção de corrupção.
O índice da Transparência Internacional classifica os países e territórios de acordo com os níveis percebidos de corrupção no setor público. Utiliza dados de 17 pesquisas que levam em conta fatores como o cumprimento de leis anticorrupção e conflitos de interesse. As avaliações incluem ainda questões relacionadas com a corrupção de funcionários públicos, propinas nos contratos e desvio de verbas.

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