O primeiro mês da circulação do coronavírus Sars-Cov-2 no Brasil deixou 77 mortes e 2.915 casos confirmados. Os dados são do balanço do Ministério da Saúde, que compilam os dados repassados pelas secretarias estaduais até as 17h30 desta quinta-feira (26).

Na manhã desta sexta-feira (27) os dados das secretarua estaduais de Saúde contabilizaram 2.991 casos confirmados. Das 77 mortes, 58 ocorreram no estado de São Paulo.

Cardíacos, homens e pessoas acima de 60 anos estão entre os grupos que tiveram mais casos graves e mortes neste mês. O balanço aponta ainda que, até essa quinta , o país tinha 194 pacientes internados em UTIs e outros 205 em enfermarias.

Paraíba atualizou o número de casos para nove na manhã de sexta-feira. Já Porto Alegre teve sua segunda morte provocada pela doença, mas ela ainda não foi contabilizada pelo governo local.

De acordo com informações do portal G1, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que a pasta não vai dar projeção de qual a estimativa de casos para o próximo mês, mas afirmou que não trabalha com a perspectivas de redução dos casos em abril.

“A previsão é que nós vamos ter 30 dias muito difíceis. Provavelmente nós estejamos aí na fase crítica da pandemia. Nós não vamos começar a reduzir os casos em 30 dias, nós temos uma estimativa maior pra ter a redução dos casos” – João Gabbardo, secretário-executivo.

Perfil das vítimas

De acordo com o governo, pessoas com problemas no coração, do sexo masculino e com mais de 60 anos são maioria entre os casos graves e mortes causadas pelo coronavírus Sars-CoV-2 no Brasil.

Maior parte dos casos graves e óbitos ocorreu com em brasileiros com mais de 60 anos
58% dos casos graves e 68% das mortes são de pacientes homens
Doenças do coração são as principais associadas aos casos graves e mortes
Diabéticos e pacientes com outras doenças respiratórias, como asma, também estão casos mais graves

“Vocês podem observar que as curvas estão mais elevadas para os óbitos a partir de 60 anos, mas elas ficam muito mais intensas entre 70 anos ou mais. Por isso, a gente está recomendando que as pessoas acima de 60 anos fiquem em isolamento, cumprindo as orientações”, disse Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde.

Bolsonaro inclui ‘atividades religiosas’ em lista de serviços essenciais

O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que torna as atividades religiosas como parte da lista de atividades e serviços considerados essenciais em meio ao combate ao novo coronavírus. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira e tem validade imediata, sem a necessidade de aprovação pelo Congresso.

Ao ser considerado essencial, o serviço ou atividade fica autorizado a funcionar mesmo durante a quarentena em razão do novo vírus. Segundo o texto, o estabelecimento deverá obedecer às determinações do Ministério da Saúde.

Na última sexta-feira (20), o governo havia tornado lei o texto que trata das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus e listado atividades que deveriam permanecer em funcionamento, como os serviços de segurança pública e saúde.

O funcionamento de atividades religiosas vinha sendo limitado após medidas tomadas pelos governadores como forma de evitar aglomerações e reduzir as possibilidades de contágio do coronavírus. Nas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, cultos foram autorizados somente após entidades religiosas entrarem com ações na Justiça.

Coronavírus no mundo

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, de 55 anos, está infectado com o coronavírus, de acordo com uma nota do governo divulgada nesta sexta. O político conservador teve sintomas leves e vai se isolar.

A África do Sul dá início nesta sexta a um bloqueio de 21 dias aos seus 57 milhões de habitantes em uma tentativa de conter a expansão da Covid-19. O país registrou suas duas primeiras mortes e mais de mil casos de infecção por Sars-Cov-2.

O número de mortes na Espanha voltou a subir. Nas últimas 24 horas, foram registrados 769 falecimentos por complicações relacionadas à Covid-19 (o recorde havia sido entre terça e quarta, com 738 mortes).

Fonte: G1

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