A brasileira Christiane H., de 49 anos, é uma das três mulheres que foram assassinadas por um homem de 24 anos com problemas psiquiátricos em Würzburg, na Alemanha, na sexta-feira (25). A informação é do jornal “Bild”.

As três vítimas fatais do ataque, que começou em uma loja do centro de Würzburg, eram mulheres. Outras cinco pessoas também ficaram feridas. Antes que a polícia capturasse o agressor, pedestres que estavam no loca o impediram de cometer outros ataques.

Brasileira estava com a filha

De acordo com o jornal, Christiane estava com a filha de 11 anos e o agressor avançou sobre as duas. A mulher morreu protegendo a criança.

Ela havia chegado à Alemanha no começo deste ano, e daria aulas em uma escola de Würzburg, segundo o “Bild”. Um amigo da família disse ao jornal que a filha de 11 anos aguarda a ida do pai para a Alemanha.

Detalhes do ataque

O ataque aconteceu no fim da tarde, em uma loja do centro da cidade. O jornal “Bild” informou que o homem roubou uma faca e atacou várias pessoas no local, matando três pessoas na loja. Depois, ele seguiu para um banco, onde feriu outras vítimas.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o agressor, descalço, com uma faca na mão, na rua. Várias pessoas tentam detê-lo com cadeiras e pedaços de pau. A polícia conseguiu prender o jovem após atirar em sua perna.

Motivação ainda é investigada

Os investigadores alemães ainda não descobriram qual era a motivação do homem que matou três pessoas em Würzburg. Uma das possibilidades é que ele tinha problemas psiquiátricos.

O ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, revelou na sexta-feira (25) que o agressor, de 24 anos que nasceu na Somália, era conhecido há meses por atos de violência e problemas mentais. Também havia sido internado recentemente em um hospital psiquiátrico. O homem de nacionalidade somali chegou à Alemanha em 2015 e está legalmente no país.

A hipótese de terrorismo não foi descartada ainda: Herrmann disse que uma testemunha relatou que o agressor gritou “Alá Akbar” (Alá é grande) no momento do ataque.

As equipes de emergência afirmaram que o somali mostrou uma “brutalidade realmente incrível”.

Até o sábado, a Procuradoria Nacional Antiterrorista ainda não havia assumido a investigação. Estão sendo analisados dois telefones celulares encontrados na casa do homem preso (um centro para pessoas sem residência fixa).

O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, ressaltou que a investigação irá revelar as motivações do agressor. “O que é certo, é que este ataque horrível foi contra toda a humanidade e contra todas as religiões”, afirmou o porta-voz.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse que está “em choque” após o “horrível ato de violência”, no qual o agressor mostrou uma “brutalidade extrema”.

Fonte: G1

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