A partir do ano que vem não será mais preciso sujar o dedo de tinta para se fazer carteira de identidade. O método utilizado para se obter as digitais será o mesmo que dos passaportes: as digitais vão ser escaneadas para garantir uma imagem mais nítida.
Cada brasileiro terá apenas um número de identificação, que será o mesmo em qualquer lugar do país. Não importa onde nem quantas vezes a pessoa tirar a identidade. O registro não será alterado. ?Uma pessoa não vai tentar fraudar essa estrutura. Ela vai estar perfeitamente individualizada, por meio das impressões digitais num documento seguro?, explica o diretor substituto do Instituto Nacional de Identificação, Lander de Miranda Bossoir.
O Ministério da Justiça fará um sistema de cadastro único. Uma central de informações que vai ser consultada cada vez que alguém for tirar o documento. Tudo para evitar que a mesma pessoa tenha dois números diferentes de identificação. Pelas contas do governo, vai demorar nove anos para que toda a população tenha em mãos a nova carteira. O custo da tecnologia ainda não foi calculado.
O Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal reuniu palestrantes em Brasília para discutir a segurança do modelo. Com a nova identidade a carteira não será de papel, e sim, parecida com um cartão de banco. Terá um chip para armazenar todas as informações pessoais e ainda os números do CPF e do título de eleitor.
?O chip não tem como ser modificado. As informações guardadas dentro dele são seguras e não permitem a remoção ou adulteração?, ressalta o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (Abrid), Célio Ribeiro.

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